Concessões: o antes e o depois dos aeroportos no Brasil
Em fevereiro, três dos mais importantes aeroportos brasileiros foram arrematados em leilão por consórcios que prometem reformas e investimentos. Confira quais
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2012 às 05h26.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h16.
São Paulo - Entre o incidente que aconteceu essa semana em Viracopos (quando um único avião de carga avariado parou o aeroporto inteiro) e a espera do anúncio do governo de um novo pacote de concessão de aeroportos federais para depois do segundo turno das eleições municipais do Brasil , aeroportos voltaram a ser tema de debate no país. Se acontecer a concessão, aeroportos como o Galeão no Rio de Janeiro e Confins em Minas Gerais passariam, então, à iniciativa privada. As possíveis concessões devem acontecer em moldes similares ao leilão de fevereiro, que permitiu que consórcios que tivessem entre os sócios uma empresa estrangeira com experiência em operação de grandes aeroportos arrematassem os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Para esses três grandes aeroportos brasileiros, as concessionárias já têm planos de reformas e alterações - a maioria com prazo para a Copa do Mundo em 2014. Clique nas fotos e veja as projeções.
Foto do projeto para o aeroporto de Brasília. Já a chegada ao terminal passará por reformas. Tanto embarque quanto desembarque vão ganhar uma faixa adicional e uma nova cobertura. Os terminais 1 e 2 também serão reformados e um novo terminal será construído com 15 novas posições de embarque. O estacionamento vai dobrar de tamanho e terá três mil vagas disponíveis. No fim das contas, as obras de expansão vão aumentar a capacidade do aeroporto de Brasília de cerca de 15 milhões de passageiros para 41 milhões na fase final.
Foto do projeto para o aeroporto de Brasília. O interior do aeroporto também vai passar por grandes mudanças. Os investimentos da primeira fase (750 milhões de reais) vão garantir uma sala VIP e reformas para criação de corredores amplos, bem iluminados e com lojas, lanchonetes e esteiras. Intervenções iniciais no aeroporto incluem revitalização dos banheiros, reforma da cobertura, conserto de escadas rolantes, implantação de um elevador adicional, pintura de estruturas metálicas e o projeto descreve como "nova identidade visual".
Foto do projeto para o aeroporto de Guarulhos. A principal obra em Cumbica até a Copa do Mundo será a construção do Terminal 3, que possibilitará o fluxo de aviões de maior porte. Além disso, o terminal vai contar com um hotel cinco estrelas para os passageiros em conexão. O novo terminal terá capacidade para 12 milhões de passageiros por ano e as obras envolvem ainda reformas nas pistas dos terminais 1 e 2.
Foto do projeto para o aeroporto de Guarulhos. O novo terminal terá 192 mil metros quadrados e contará com uma estrutura para lojas, restaurantes, salas vip e áreas de espera. O investimento ainda será feito para melhora no sistema de bagagens, iluminação e segurança. Um edifício-garagem também deve ser entregue (até o primeiro semestre de 2013) com cerca de 2,4 mil novas vagas de estacionamento. O investimento até 2031 será de 2,6 bilhões de reais e o aeroporto deverá ter capacidade para 60 milhões de passageiros por ano.
Foto do projeto para o aeroporto de Viracopos. O aeroporto em Campinas vai contar com um investimento de 8,4 bilhões de reais ao longo dos 30 anos de concessão. Com as reformas planejadas, ele deverá receber 80 milhões de passageiros por ano. O projeto do aeroporto prevê a construção de hotéis, shopping center e centro de convenções nas suas proximidades. Na primeira fase, haverá um novo terminal com 28 pontes de embarque, sete novas posições de estacionamento de aeronaves e um edifício-garagem com 4 mil vagas, além da ampliação das pistas até maio de 2014.
Foto do projeto para o aeroporto de Viracopos. O projeto do aeroporto mostra preocupação com sustentabilidade: a cobertura do telhado é feita de células fotovoltaicas para captura de energia solar e sistema de reutilização de água da chuva. Além das novas construções, os investimentos também serão feitos na revitalização do que já existe. As áreas para banheiros, por exemplo, serão ampliadas em 94%. As áreas de embarque também serão ampliadas.
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