Brasil

Concessionária do Galeão diz que dobrará pontes de embarque

Empresa assumirá amanhã (12) o controle do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 14h03.

Rio de Janeiro - A concessionária que assumirá amanhã (12) o controle do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão-Antonio Carlos Jobim anunciou hoje (11) que pretende dobrar o número de pontes de embarque do local até 2016, acrescentando ao Terminal 2 uma área chamada Píer Sul, com 26 pontes de embarque. No futuro, outra área que receberá um pátio de aeronaves até 2016 também deve ganhar pontes de embarque, ganhando o nome de Píer Norte.

Com o planejamento, foi abandonada a ideia de construção de um terceiro terminal. "Vamos resgatar o orgulho dos cariocas de ter a porta de entrada do Brasil", disse Luiz Rocha, presidente da concessionária Rio Galeão, que será responsável pela operação do aeroporto em um período de transição que vai durar até seis meses. Durante essa adaptação, ainda haverá apoio da Infraero, que vai manter 49% do consórcio. Os outros 51% ficam a cargo da Rio de Janeiro Aeroporto S/A, que reúne a Odebrecht TransPort e a Changi Airports International, operadora que responde pelos aeroportos de Xangai e Cingapura, na Ásia.

O Galeão ainda ganhará 68 novos balcões de check-in e 47 vagas para estacionamento de aeronaves. O número de vagas de estacionamento para os passageiros deve aumentar em 2,7 mil, inclusive com a construção de mais pavimentos na garagem do Terminal 2.

Na cerimônia de apresentação do plano de investimentos, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, destacou que o aeroporto foi muito bem-sucedido durante a Copa do Mundo e que o grupo privado vai assumir uma "cama já arrumada". O ministro pediu atenção especial aos banheiros e ao preço da alimentação, e afirmou que é preciso investir em sinalização para os falantes da língua espanhola, que são grande parte dos turistas recebidos pela cidade.

O consórcio planeja investir R$ 2 bilhões no aeroporto até os Jogos Olímpicos de 2016, e R$ 5 bilhões até o fim da concessão, que dura 25 anos. Algumas mudanças já estarão em vigor amanhã, como o fim do selo de embarque, a reorganização dos serviços de táxi e o início da modernização dos estacionamentos, que terão 80 câmeras de vigilância em funcionamento 24 horas por dia, catraca eletrônica e equipe de segurança. O aeroporto também terá novas urnas da ouvidoria na área de embarque internacional, dois novos balcões de atendimento bilíngue e o início de operação de um telefone para atendimento ao público, no número (21) 3004-6050.

Sobre a decisão de privatizar o aeroporto, Moreira Franco afirmou: "Há um entendimento de que o debate Estado máximo-Estado mínimo não nos leva aonde o povo brasileiro quer chegar, que é um patamar de riqueza", disse. Ele também defendeu que esse modelo aumenta a capacidade de investimentos: "Precisamos de uma taxa de investimentos maior, para diminuir o custo Brasil e criar novas oportunidades".

O contrato de concessão foi assinado em 2 de abril de 2014 e, desde junho, a concessionária dá assistência à operação da Infraero no Galeão. Em 2013, 17 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto. Já estão concedidos à iniciativa privada os aeroportos de São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Brasília e Viracopos, e amanhã, além do Galeão, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves-Confins, também deixará de ser operado pela Infraero.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAeroportos do Brasilcidades-brasileirasEmpresasGaleãoMetrópoles globaisRio de JaneiroTransportes

Mais de Brasil

Ao vivo: Lula faz pronunciamento sobre balanço de 2024

Vai chover no Natal? Defesa Civil de SP cria alerta para o feriado; veja previsão

Acidente em MG: Motorista de carreta envolvida em tragédia se entrega após passar dois dias foragido

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina