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Como será a cirurgia de Bolsonaro marcada para o Natal?

A data do procedimento foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morares, nesta terça-feira, 23

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 17h08.

O ex-presidente Jair Bolsonaro passará por uma cirurgia na próxima quinta-feira, 25, para correção de uma hérnia inguinal bilateral e um bloqueio anestésico para controle de soluços persistentes.

A data do procedimento foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morares, nesta terça-feira, 23.

O magistrado já havia permitido a cirurgia após laudo da Polícia Federal apontar a necessidade da cirurgia, ainda que em caráter eletivo, ou seja, sem urgência emergencial.

Segundo a nota divulgada pelos médicos do ex-presidente no último domingo, Bolsonaro foi diagnosticado com hérnia inguinal bilateral, quando parte do intestino ultrapassa a parede abdominal na região da virilha, nos dois lados.

Essa condição pode provocar dor, desconforto e risco de encarceramento intestinal — quando o intestino preso causa obstrução.

A técnica prevista no procedimento é a herniorrafia inguinal bilateral, cirurgia padrão nesse tipo de caso.

O procedimento consiste no reparo das áreas enfraquecidas da parede abdominal por onde ocorre a protrusão do intestino.

Os cirurgiões poderão usar uma tela cirúrgica — malha sintética que reforça o local operado e reduz as chances de reincidência da hérnia.

Durante a mesma internação, os médicos pretendem realizar um bloqueio do nervo frênico, estrutura responsável pela ativação do diafragma.

A estratégia é uma tentativa de interromper episódios de soluço que, segundo o boletim, se tornaram recorrentes e resistentes a tratamentos clínicos.

Laudo da PF sobre saúde de Bolsonaro

Segundo perícia da Polícia Federal, Bolsonaro apresenta uma lesão em nervo do tronco, causada por procedimento anterior, que estaria relacionada à origem das crises de soluço.

O bloqueio é feito por meio de anestesia local ou medicamentos, visando reduzir a atividade do nervo e cessar os espasmos involuntários.

A equipe médica destacou que a necessidade de internação hospitalar é esperada e que o pós-operatório dependerá da resposta do paciente à combinação dos dois procedimentos.

O laudo da PF recomendou que a cirurgia fosse realizada "o mais breve possível", mas reconheceu que a situação permitia a escolha da data. Moraes autorizou a realização após os advogados sugerirem o dia 25 de dezembro.

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