Exame Logo

Como gerente, Dirceu terá bastante trabalho em hotel

Ex-gerente do governo Lula poderá exercer seus talentos de "capitão do time" para administrar os problemas de seu novo emprego no hotel Saint Peter

José Dirceu é preso após condenação pelo mensalão: político ganhará salário de R$ 20 mil para administrar hotel (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 21h57.

Brasília - Ex-gerente do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o agora condenado por corrupção José Dirceu poderá exercer seus talentos de "capitão do time" para administrar os problemas de seu novo emprego no hotel Saint Peter, em Brasília. Muito diferente da sala no 4ª andar do Palácio do Planalto, com vista livre para a Praça dos Três Poderes, o novo endereço do ex-ministro será um espaço no subsolo do hotel, em um corredor mal iluminado próximo à garagem. Na mesa do futuro gerente administrativo, problemas não faltarão. Ainda assim, nada se compara a uma cela do sistema penitenciário de Brasília, de onde poderá sair todos os dias por nove horas.

Se José Dirceu realmente se envolver no dia a dia do Saint Peter, terá que lidar, por exemplo, com as constantes reclamações dos hóspedes sobre a lentidão no serviço de balcão e a confusão no café da manhã, com constantes problemas de manutenção e com uma reforma que, apesar de já durar dois anos, não parece ter melhorado muito a qualidade do hotel. Nas diárias, o Saint Peter se compara a outros hotéis de luxo de Brasília. Um quarto em um dia de semana custa em torno de R$ 300 - menos em sites de descontos, bem mais na tarifa de balcão. No entanto, não oferece alguns serviços básicos. Garagem, por exemplo.

A reportagem do Estado se hospedou no hotel, um prédio de 30 anos. No corredor escuro de um andar já reformado, o carpete cheio de manchas parece ter muito mais do que dois anos. O quarto usado pelo Estado ainda tinha as etiquetas do fabricante dentro do armário, mas a tranca da porta da sacada estava quebrada, quinas do piso de granito estavam lascadas e as lâmpadas eletrônicas enfiadas no lugar de spots dão um certo ar de desleixo.

No saguão do hotel a reforma começa em dezembro, de acordo com os funcionários. Apesar de razoavelmente bem cuidado, espelhos de tomadas e do botão de elevador faltando mostram a dificuldade com a manutenção do hotel. Ainda assim, não faltam hóspedes ao hotel. Como a maioria dos estabelecimentos em Brasília, consegue ter uma lotação acima de 80% nos dias de semana, na época em que o Congresso está em sessão. Também se dá ao luxo de manter no cardápio um misto quente por R$ 18, uma fatia de pudim pelo mesmo preço, um frango grelhado por R$ 39,90 e um salmão grelhado por R$ 49,90 - preços que quase tornam factível o salário de R$ 20 mil anotados na carteira de trabalho de José Dirceu.

Veja também

Brasília - Ex-gerente do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o agora condenado por corrupção José Dirceu poderá exercer seus talentos de "capitão do time" para administrar os problemas de seu novo emprego no hotel Saint Peter, em Brasília. Muito diferente da sala no 4ª andar do Palácio do Planalto, com vista livre para a Praça dos Três Poderes, o novo endereço do ex-ministro será um espaço no subsolo do hotel, em um corredor mal iluminado próximo à garagem. Na mesa do futuro gerente administrativo, problemas não faltarão. Ainda assim, nada se compara a uma cela do sistema penitenciário de Brasília, de onde poderá sair todos os dias por nove horas.

Se José Dirceu realmente se envolver no dia a dia do Saint Peter, terá que lidar, por exemplo, com as constantes reclamações dos hóspedes sobre a lentidão no serviço de balcão e a confusão no café da manhã, com constantes problemas de manutenção e com uma reforma que, apesar de já durar dois anos, não parece ter melhorado muito a qualidade do hotel. Nas diárias, o Saint Peter se compara a outros hotéis de luxo de Brasília. Um quarto em um dia de semana custa em torno de R$ 300 - menos em sites de descontos, bem mais na tarifa de balcão. No entanto, não oferece alguns serviços básicos. Garagem, por exemplo.

A reportagem do Estado se hospedou no hotel, um prédio de 30 anos. No corredor escuro de um andar já reformado, o carpete cheio de manchas parece ter muito mais do que dois anos. O quarto usado pelo Estado ainda tinha as etiquetas do fabricante dentro do armário, mas a tranca da porta da sacada estava quebrada, quinas do piso de granito estavam lascadas e as lâmpadas eletrônicas enfiadas no lugar de spots dão um certo ar de desleixo.

No saguão do hotel a reforma começa em dezembro, de acordo com os funcionários. Apesar de razoavelmente bem cuidado, espelhos de tomadas e do botão de elevador faltando mostram a dificuldade com a manutenção do hotel. Ainda assim, não faltam hóspedes ao hotel. Como a maioria dos estabelecimentos em Brasília, consegue ter uma lotação acima de 80% nos dias de semana, na época em que o Congresso está em sessão. Também se dá ao luxo de manter no cardápio um misto quente por R$ 18, uma fatia de pudim pelo mesmo preço, um frango grelhado por R$ 39,90 e um salmão grelhado por R$ 49,90 - preços que quase tornam factível o salário de R$ 20 mil anotados na carteira de trabalho de José Dirceu.

Acompanhe tudo sobre:José DirceuMensalãoPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame