Comissão Interamericana investiga morte de Vladimir Herzog
Herzog, diretor de informação da TV Cultura, foi encontrado morto em uma cela do exército aos 38 anos
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 20h43.
Washington - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) está investigando oficialmente o caso do assassinato do jornalista brasileiro Vladimir Herzog, ocorrido em 1975, durante a ditadura militar, informaram fontes da entidade esta quarta-feira.
Herzog, diretor de informação da TV Cultura, foi encontrado morto em uma cela do exército aos 38 anos. Os militares, que governaram o Brasil entre 1964 e 1985, disseram que o jornalista se enforcou, mas familiares e grupos de direitos humanos garantem que ele foi torturado e assassinado.
A CIDH admitiu examinar o caso em março de 2012, mas a abertura da investigação foi decidida em 8 de novembro e comunicada às partes interessadas.
A Comissão não tem a mesma força vinculante da Corte Interamericana, com sede em San José, mas ao final de suas investigações pode condenar igualmente um Estado.
A justiça brasileira alegou em várias oportunidades que o caso não podia ser investigado por causa da lei de anistia de 1979, ainda vigente e que impede processar pessoas acusadas de violações de direitos humanos durante a ditadura.
No final de 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos declarou sem "efeitos jurídicos" a lei de anistia.
Washington - A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) está investigando oficialmente o caso do assassinato do jornalista brasileiro Vladimir Herzog, ocorrido em 1975, durante a ditadura militar, informaram fontes da entidade esta quarta-feira.
Herzog, diretor de informação da TV Cultura, foi encontrado morto em uma cela do exército aos 38 anos. Os militares, que governaram o Brasil entre 1964 e 1985, disseram que o jornalista se enforcou, mas familiares e grupos de direitos humanos garantem que ele foi torturado e assassinado.
A CIDH admitiu examinar o caso em março de 2012, mas a abertura da investigação foi decidida em 8 de novembro e comunicada às partes interessadas.
A Comissão não tem a mesma força vinculante da Corte Interamericana, com sede em San José, mas ao final de suas investigações pode condenar igualmente um Estado.
A justiça brasileira alegou em várias oportunidades que o caso não podia ser investigado por causa da lei de anistia de 1979, ainda vigente e que impede processar pessoas acusadas de violações de direitos humanos durante a ditadura.
No final de 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos declarou sem "efeitos jurídicos" a lei de anistia.