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Comércio do Rio gastou quase R$ 1 bi com segurança no 1º semestre

Segundo pesquisa, dos 750 lojistas entrevistados, 180 já tiveram seus estabelecimentos assaltados, furtados ou roubados

Comércio no Rio: do total dos gastos em segurança, R$ 667 milhões foram com segurança privada e vigilantes (Tomaz Silva/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 14h23.

O comércio varejista do município do Rio gastou R$ 996 milhões com segurança de janeiro a junho desse ano. O número foi apresentado na pesquisa Gastos com segurança em estabelecimentos comerciais, do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio).

Dos 750 lojistas entrevistados, 180 já tiveram seus estabelecimentos assaltados, furtados ou roubados - número cerca de 20% maior do que no mesmo período do ano passado.

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Do total dos gastos, R$ 667 milhões foram com segurança privada e vigilantes, R$ 289 milhões com equipamentos de vigilância eletrônica e R$ 40 milhões com gradeamento, blindagens, reforços de portas e de vitrines e com seguros.

Para o presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, Aldo Gonçalves, é como se fosse mais um tributo pago pelos lojistas, que já sofrem com a burocracia e a carga tributária. "A violência urbana na cidade do Rio de Janeiro vem prejudicando bastante o comércio, já afetado pelo quadro econômico do país e, em especial pela crise do Estado do Rio, que tem influído profundamente no comportamento do consumidor, que por um lado fica com medo de sair de casa e por outro reduz seus gastos, entre eles as compras", afirmou.

Mais de 4.150 estabelecimentos comerciais fecharam suas portas entre janeiro e junho na cidade (76% a mais do que no mesmo período do ano passado) e mais de 9,7 mil no estado do Rio (55% a mais do no mesmo período de 2017), destacou Gonçalves.

O dirigente lamentou a crise das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), projeto cuja implantação trouxe esperança para a população e animou os comerciantes, especialmente na Zona Norte da capital fluminense.

"Na época, no lugar de inúmeras lojas fechadas nos bairros adjacentes àquelas comunidades, surgiram novos estabelecimentos, com decoração e vitrines modernas, retomando a geração de emprego e movimentando a economia local", lembrou.

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