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Começa leitura de peças do processo de massacre em Carandiru

Neste momento, os sete jurados ouvem a leitura de um laudo do Instituto de Criminalística

Fleury disse que não estava em São Paulo no dia em que o massacre ocorreu, 2 de outubro de 1992, e que não deu a ordem para a entrada dos policiais no Pavilhão 9 (José Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 19h41.

São Paulo – Depois dos depoimentos de seis testemunhas de defesa e de um breve intervalo, o juiz José Augusto Nardy Marzagão prosseguiu o julgamento do Massacre do Carandiru dando início à leitura de peças sobre o caso.

Neste momento, os sete jurados ouvem a leitura de um laudo do Instituto de Criminalística. Também serão lidos, nessa fase do julgamento, antigos depoimentos sobre o caso, de pessoas que já morreram, além de laudos periciais. A leitura de peças deve prosseguir até amanhã cedo (17).

As testemunhas de defesa, ouvidas hoje (16), foram arroladas pela advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende os 26 policiais acusados pelas mortes de 15 detentos que ocupavam o segundo pavimento do Pavilhão 9, na antiga Casa de Detenção do Carandiru.

A tese da defesa considera que a conduta dos policiais no episódio não pode ser individualizada, ou seja, não é possível dizer quais policiais atiraram ou foram responsáveis e por quais mortes.

Foram ouvidos hoje (16) os desembargadores Ivo de Almeida, Fernando Antonio Torres Garcia e Luis Antonio San Juan França. Também prestaram depoimentos o então governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho; Pedro Franco de Campos, secretário de Segurança Pública à época do episódio; e a juiza Sueli Veraik Armani de Menezes.

Durante o seu depoimento, Fleury disse que não estava em São Paulo no dia em que o massacre ocorreu, 2 de outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos. Ressaltou que não deu a ordem para a entrada dos policiais no Pavilhão 9, onde ocorria uma rebelião de presos.

Mas que se estivesse em São Paulo naquele dia, teria autorizado a invasão policial. “Não dei ordem para a entrada. Mas a entrada foi absolutamente necessária e legítima. Se estivesse no meu gabinete, teria dado [a autorização para a invasão da polícia]. A polícia não pode se omitir”, disse.

Ontem (15), após o sorteio que definiu os sete jurados, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas, entre elas, o perito criminal à época do fato, Osvaldo Negrini Neto, que negou o confronto entre os policiais e os detentos. Ele explicou que os tiros foram disparados “de fora para dentro das celas”. Negrini também falou que a cena do massacre foi violada, pois os corpos dos presos foram removidos das celas e não foram encontradas as cápsulas de balas.

Por causa do grande número de réus, 79 policiais, o julgamento do Massacre do Carandiru foi dividido em etapas. Nesta primeira fase estão sendo julgados 26 policiais, responsabilizados por 15 mortes ocorridas no segundo pavimento do Pavilhão 9. Amanhã (17), deverão ser ouvidos mais quatro policiais réus no caso.

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São Paulo – Depois dos depoimentos de seis testemunhas de defesa e de um breve intervalo, o juiz José Augusto Nardy Marzagão prosseguiu o julgamento do Massacre do Carandiru dando início à leitura de peças sobre o caso.

Neste momento, os sete jurados ouvem a leitura de um laudo do Instituto de Criminalística. Também serão lidos, nessa fase do julgamento, antigos depoimentos sobre o caso, de pessoas que já morreram, além de laudos periciais. A leitura de peças deve prosseguir até amanhã cedo (17).

As testemunhas de defesa, ouvidas hoje (16), foram arroladas pela advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende os 26 policiais acusados pelas mortes de 15 detentos que ocupavam o segundo pavimento do Pavilhão 9, na antiga Casa de Detenção do Carandiru.

A tese da defesa considera que a conduta dos policiais no episódio não pode ser individualizada, ou seja, não é possível dizer quais policiais atiraram ou foram responsáveis e por quais mortes.

Foram ouvidos hoje (16) os desembargadores Ivo de Almeida, Fernando Antonio Torres Garcia e Luis Antonio San Juan França. Também prestaram depoimentos o então governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho; Pedro Franco de Campos, secretário de Segurança Pública à época do episódio; e a juiza Sueli Veraik Armani de Menezes.

Durante o seu depoimento, Fleury disse que não estava em São Paulo no dia em que o massacre ocorreu, 2 de outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos. Ressaltou que não deu a ordem para a entrada dos policiais no Pavilhão 9, onde ocorria uma rebelião de presos.

Mas que se estivesse em São Paulo naquele dia, teria autorizado a invasão policial. “Não dei ordem para a entrada. Mas a entrada foi absolutamente necessária e legítima. Se estivesse no meu gabinete, teria dado [a autorização para a invasão da polícia]. A polícia não pode se omitir”, disse.

Ontem (15), após o sorteio que definiu os sete jurados, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas, entre elas, o perito criminal à época do fato, Osvaldo Negrini Neto, que negou o confronto entre os policiais e os detentos. Ele explicou que os tiros foram disparados “de fora para dentro das celas”. Negrini também falou que a cena do massacre foi violada, pois os corpos dos presos foram removidos das celas e não foram encontradas as cápsulas de balas.

Por causa do grande número de réus, 79 policiais, o julgamento do Massacre do Carandiru foi dividido em etapas. Nesta primeira fase estão sendo julgados 26 policiais, responsabilizados por 15 mortes ocorridas no segundo pavimento do Pavilhão 9. Amanhã (17), deverão ser ouvidos mais quatro policiais réus no caso.

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