(Bruna Prado/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 06h00.
Entra em vigor a partir desta sexta-feira, 19, um toque de recolher em quase todo o estado da Bahia para conter o avanço da covid-19. Das 22h até as 5 horas da manhã do dia seguinte somente deslocamentos que comprovem a urgência, como ida à farmácia ou serviços de saúde, estão permitidos. A medida tem validade até o dia 25 de fevereiro.
O novo decreto só não vale para as regiões oeste do estado, de Irecê e de Jacobina, que apresentam os menores índices de ocupação de leitos de UTI. O governador do estado, Rui Costa (PT), justificou que a medida é necessária porque a Bahia está com mais de 15 mil casos ativos da doença e com 74% dos leitos de UTI exclusivos para covid-19 ocupados.
Em pelo menos outros quatro estados o toque de recolher já foi implementado. No Ceará, desde a quinta-feira, 18, começou a valer em todo o estado a medida que restringe a circulação das das 22h às 5 horas. No Amazonas é o lugar onde tem o horário mais restrito: as pessoas precisam ficar em casa das 19h às 6h.
O Mato Grosso do Sul adotou um modelo que é válido somente nas cidades com maior incidência, incluindo a capital Campo Grande. A restrição é válida das 22h às 5h.
No Paraná o decreto que estabelece o toque de recolher tem validade até o dia 28 de fevereiro. O estado determinou a restrição ainda no fim de 2020. Na última alteração, feita na semana passada, o horário foi reduzido e atualmente vale da meia-noite até 5 horas.
No estado de São Paulo, apesar de não proibir a circulação de pessoas, estabelecimentos comerciais não podem abrir depois das 22 horas. O objetivo é conter principalmente a aglomeração, evitando a abertura de bares e festas. A venda de bebida alcoólica também é proibida no período noturno.
Apesar da vacinação ter começado há um mês, e passarmos de 5,4 milhões de pessoas imunizadas, a pandemia está em descontrole em muitos locais. O país está há quase um mês com a média diária de mortes por covid-19 acima de mil. O valor é o que foi registrado no pior momento da doença, no meio do ano passado.
Especialistas em saúde pública ainda alertam que é possível que o Brasil enfrente um novo pico da pandemia de coronavírus. Isso pode ocorrer em até duas semanas após o Carnaval - o período de 14 dias é o tempo de incubação do vírus. Por isso a tentativa das autoridades de reduzir a circulação das pessoas e da covid-19.
(Com Agência Brasil)