Comando da campanha do PT ironiza declarações de Aécio contra Dilma
Aécio Neves disse que Dilma "é uma grande incógnita" em entrevista
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h49.
As críticas do ex-governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), à pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, foram recebidas com ironia pelo comando da campanha petista. Em entrevista ao Estado, Aécio disse que Dilma "é uma grande incógnita" e terá de demonstrar, nessa temporada, qual será a presença do "PT ideológico do Estado máximo e dos problemas éticos" no governo se o partido chegar mais uma vez ao poder.
"É muito gozado os tucanos e o DEM quererem falar sobre o futuro usando os mesmos argumentos do passado", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, seguindo estratégia para desbancar a tática do adversário José Serra (PSDB), que se apresentou no sábado como nome do "pós-Lula" - expressão cunhada por Aécio - e prometeu trabalhar pela união do País.
"O que eles estão falando sobre a relação da Dilma com o PT, hoje, é o mesmo que diziam na campanha de 2002, quando o presidente Lula era candidato e tentaram espalhar o medo", insistiu Padilha. Articulador político do Palácio do Planalto, o ministro rebateu os ataques de Serra e Aécio, que querem carimbar o PT como um partido que aposta na divisão do País e na disputa entre ricos e pobres.
"Nós provamos que sabemos governar com 17 partidos, aglutinando forças. No lançamento do Serra, só havia representantes do PSDB, do DEM e do PPS. Como eles querem unir o Brasil com apenas três partidos?", provocou Padilha. Integrante da coordenação da campanha de Dilma, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), disse que a entrevista de Aécio ao Estado faz parte da tática desenhada pela oposição.
"O ex-governador está fazendo o discurso da campanha tucana. Nós registramos, tomamos boa nota e seguimos em frente", minimizou Pimentel. "O PSDB é contra o governo Lula e precisa lutar muito. É uma luta vã, mas fazer o quê?"