Com vitória ou derrota de Dilma, PT sai mais forte
Com ofensiva contra Marina, PT mostrou uma força de destruição poderosa. Mesmo se Dilma perder esta eleição, a figura de Lula ainda se mantém forte para 2018
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2014 às 18h40.
São Paulo -Com Dilma ganhando ou perdendo, o PT não sai enfraquecido destas eleições. A estratégia de atacar Marina Silva não só funcionou para derrubar as intenções de voto da candidata do PSB como também mostrou a enorme força do partido.
"O PT mostrou que é muito forte no que se refere ao controle dos recursos de poder. A campanha pela reeleição da Dilma seguiu o receituário das piores campanhas feitas contra o PT", afirma Milton Lahuerta,coordenador do laboratório de política e governo daUnesp.
No entanto, ainda que saia fortalecido deste processo, para Lahuerta o partido mostrou uma enorme fraqueza no que se refere à capacidade de construir consensos, estabelecer e dialogar com uma nova agenda que está sendo montada pela oposição e que já tem respaldo na sociedade.
"O PT poderia ter incorporado mais essa agenda proposta pela oposição ao invés de destruir a Marina porque estavam com medo de que ela pudesse crescer", diz.
Na opinião do cientista social, ao invés de desconstruir a candidata do PSB, opartido poderia ter se mostrado como um partido de capacidade hegemônica e dizer “reconhecemos essa nova agenda como válida e estamos empenhados em incorporá-la ao que já fazemos".
"Ao invés disso, o PT preferiu agir como uma força de destruição e não de construção", conclui.
Lula
Para Rodrigo Prando, cientista social e professor do Mackenzie, mesmo em um cenário de derrota, ainda há fôlego para o PT.Segundo ele, Lula tem um caráter messiânico que casa muito bem com a cultura política brasileira que busca líderes salvadores.
"Pensando que Lula tenha fôlego para voltar daqui a 4 anos, se Dilma ganhar ela vai passar os próximos 4 anos pavimentando a volta do Lula. Se perder, o PT volta com Lula em 2018 com o discurso de salvador", explica.
São Paulo -Com Dilma ganhando ou perdendo, o PT não sai enfraquecido destas eleições. A estratégia de atacar Marina Silva não só funcionou para derrubar as intenções de voto da candidata do PSB como também mostrou a enorme força do partido.
"O PT mostrou que é muito forte no que se refere ao controle dos recursos de poder. A campanha pela reeleição da Dilma seguiu o receituário das piores campanhas feitas contra o PT", afirma Milton Lahuerta,coordenador do laboratório de política e governo daUnesp.
No entanto, ainda que saia fortalecido deste processo, para Lahuerta o partido mostrou uma enorme fraqueza no que se refere à capacidade de construir consensos, estabelecer e dialogar com uma nova agenda que está sendo montada pela oposição e que já tem respaldo na sociedade.
"O PT poderia ter incorporado mais essa agenda proposta pela oposição ao invés de destruir a Marina porque estavam com medo de que ela pudesse crescer", diz.
Na opinião do cientista social, ao invés de desconstruir a candidata do PSB, opartido poderia ter se mostrado como um partido de capacidade hegemônica e dizer “reconhecemos essa nova agenda como válida e estamos empenhados em incorporá-la ao que já fazemos".
"Ao invés disso, o PT preferiu agir como uma força de destruição e não de construção", conclui.
Lula
Para Rodrigo Prando, cientista social e professor do Mackenzie, mesmo em um cenário de derrota, ainda há fôlego para o PT.Segundo ele, Lula tem um caráter messiânico que casa muito bem com a cultura política brasileira que busca líderes salvadores.
"Pensando que Lula tenha fôlego para voltar daqui a 4 anos, se Dilma ganhar ela vai passar os próximos 4 anos pavimentando a volta do Lula. Se perder, o PT volta com Lula em 2018 com o discurso de salvador", explica.