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Com shopping fechado no RJ, grupo faz ato contra preconceito

Do lado de fora, cerca de 30 pessoas fizeram perfomances, ao som de funk, contra o racismo e a exclusão social no país

Shopping Leblon: trabalhadores e lojistas criticaram o rolezinho (VEJA RIO)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 05h53.

Rio de Janeiro - Apesar de o Shopping Leblon estar fechado, algumas pessoas apareceram para o rolezinho marcado ontem (19) no local. O número de participantes, no entanto, é inferior ao de jornalistas. Mas a presença do pequeno grupo chama atenção dos moradores do bairro e dos clientes desavisados que foram às compras. O shopping não abriu este domingo para evitar o rolezinho.

Do lado de fora, cerca de 30 pessoas fizeram perfomances, ao som de funk, contra o racismo e a exclusão social no país. Fantasiado de Batman, Heron Morais Melo criticou a falta de igualdade de oportunidades entre "ricos e brancos" e "negros e pobres".

"Essa porta fechada [do shopping] é o melhor símbolo da desigualdade no nosso país. Quem não é da parte da elite, só encontra isso", disse Heron, morador de Marechal Hermes, na zona norte.

Em uma performance para satirizar "madames que frequentam o shopping com menor número de pobres da cidade", um participante, que não quis se identificar, disse: "Não vim para protesto, vim às compras! Pobre já aguento lá em casa, lavando, passando, levando meus filhos na escola", como crítica ao preconceito.

Para o estudante de letras e integrante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), Gabriel Melo, o rolezinho é derivado das manifestações de junho de 2013.

"Quando um grupo de estudantes de universidades e escolas privadas vão para a praça de alimentação e bota música alta é uma coisa, mas quando esse grupo é de jovens negros o tratamento dado pelo shopping, lojistas e segurança é outro: fecham as portas e põem para fora", disse.

Apesar de a Secretaria de Segurança Pública ter informado que não reforçaria o policiamento, dezenas de policiais estão próximos ao shopping. Seguranças particulares não identificados também estão no local.

O Shopping Leblon cercou, com tapumes, toda a entrada de vidro localizada na Avenida Afrânio de Melo Franco. Foram colocados cartazes avisando os clientes de que o centro comercial foi fechado para "garantir a segurança".

O Shopping Rio Design Leblon, que fica do outro lado da rua, também fechou as portas, para evitar o rolezinho. Cerca de 9 mil pessoas haviam confirmado presença no ato por meio da redes sociais.

Do lado de fora, trabalhadores e lojistas criticaram o rolezinho. Para a dona de uma loja, que preferiu não se identificar, o shopping "é um espaço de lazer privado". "Manifestação tem que ser na porta da prefeitura, não aqui".

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Rio de Janeiro - Apesar de o Shopping Leblon estar fechado, algumas pessoas apareceram para o rolezinho marcado ontem (19) no local. O número de participantes, no entanto, é inferior ao de jornalistas. Mas a presença do pequeno grupo chama atenção dos moradores do bairro e dos clientes desavisados que foram às compras. O shopping não abriu este domingo para evitar o rolezinho.

Do lado de fora, cerca de 30 pessoas fizeram perfomances, ao som de funk, contra o racismo e a exclusão social no país. Fantasiado de Batman, Heron Morais Melo criticou a falta de igualdade de oportunidades entre "ricos e brancos" e "negros e pobres".

"Essa porta fechada [do shopping] é o melhor símbolo da desigualdade no nosso país. Quem não é da parte da elite, só encontra isso", disse Heron, morador de Marechal Hermes, na zona norte.

Em uma performance para satirizar "madames que frequentam o shopping com menor número de pobres da cidade", um participante, que não quis se identificar, disse: "Não vim para protesto, vim às compras! Pobre já aguento lá em casa, lavando, passando, levando meus filhos na escola", como crítica ao preconceito.

Para o estudante de letras e integrante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), Gabriel Melo, o rolezinho é derivado das manifestações de junho de 2013.

"Quando um grupo de estudantes de universidades e escolas privadas vão para a praça de alimentação e bota música alta é uma coisa, mas quando esse grupo é de jovens negros o tratamento dado pelo shopping, lojistas e segurança é outro: fecham as portas e põem para fora", disse.

Apesar de a Secretaria de Segurança Pública ter informado que não reforçaria o policiamento, dezenas de policiais estão próximos ao shopping. Seguranças particulares não identificados também estão no local.

O Shopping Leblon cercou, com tapumes, toda a entrada de vidro localizada na Avenida Afrânio de Melo Franco. Foram colocados cartazes avisando os clientes de que o centro comercial foi fechado para "garantir a segurança".

O Shopping Rio Design Leblon, que fica do outro lado da rua, também fechou as portas, para evitar o rolezinho. Cerca de 9 mil pessoas haviam confirmado presença no ato por meio da redes sociais.

Do lado de fora, trabalhadores e lojistas criticaram o rolezinho. Para a dona de uma loja, que preferiu não se identificar, o shopping "é um espaço de lazer privado". "Manifestação tem que ser na porta da prefeitura, não aqui".

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