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Contra coronavírus, governo brasileiro vai instalar mil leitos de UTI

Ministério da Saúde informou que as instalações serão feitas em hospitais de todo país para o tratamento do coronavírus

Coronavírus: nenhum caso da doença foi confirmado no país (Tyrone Siu/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 19h49.

Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 19h54.

O Ministério da Saúde abrirá licitação para instalar mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em todo país. A intenção é ampliar a assistência médica para possíveis pacientes infectados por coronavírus . Até o momento, não há nenhum caso confirmado no país.

"É bem provável que vamos precisar de um acréscimo em UTI. Abriremos licitação para mil leitos, e se for necessário, vamos ampliar esse quantitativo e colocar em funcionamento em no máximo 30 dias", afirmou o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo.

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O governo federal custeará a instalação, assistência técnica e manutenção dos leitos. Segundo o secretário, uma unidade de UTI custa de R$ 15 a R$ 20 mil por mês. Não há, no entanto, um valor exato de quanto a medida vai custar aos cofres públicos.

As instalações serão feitas em hospitais de referências para tratamento da nova doença. A distribuição dos leitos será definida em reunião com secretários de saúde estaduais na próxima semana.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou o governo também deve fazer novos investimentos na rede nacional de alerta e resposta às emergências neste ano. Segundo ele, foram repassados R$ 21 milhões em 2019.

Importações da China

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que não há motivos ou decisão sobre possíveis bloqueios a chineses ou produtos importados do país. Segundo ele, um possível bloqueio seria discutido com Ministério da Justiça e Itamaraty.

"Não temos nenhum motivo e nenhuma decisão para fazer bloqueio. Isso pode mudar, mas essa decisão não vai ser tomada exclusivamente pelo Ministério da Saúde. Vai ser interministerial, pois envolve outros aspectos além de saúde", afirmou.

De acordo com diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda, os relatos é de que o vírus apresenta risco de contaminação por 24 horas, o que dificulta a chegada no Brasil.

"A maioria dos produtos da China são transportados via marítima, ou seja, supera esse tempo. Não existe nenhum risco de contaminação de produtos vindos do país", disse.

A China é o epicentro do novo vírus. De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, já foram confirmados 7.736 casos da doença no país e 170 mortes foram registradas. Há ainda suspeitas em relação a 12.167 pacientes.

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