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Com recusa de Amorim, Figueiredo deve ficar no Itamaraty

A recusa de Celso Amorim em aceitar a volta ao Itamaraty teria deixado a presidente Dilma Rousseff sem alternativas para substituí-lo

Luiz Alberto Figueiredo: por enquanto, Figueiredo fica, mas não deve durar até final deste segundo mandato (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 19h59.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores , Luiz Alberto Figueiredo , ganhou uma sobrevida no cargo.

A recusa de Celso Amorim em aceitar a volta ao Itamaraty teria deixado a presidente Dilma Rousseff sem alternativas para substituí-lo.

Por enquanto, Figueiredo fica, mas não deve durar até o final deste segundo mandato.

O ministro tem sido criticado dentro e fora do ministério. Diplomatas o consideram sem força ou poder político no governo, o que se reflete na posição de um Itamaraty já desprestigiado.

Fora, Figueiredo é contestado pela falta de experiência e conhecimento na área comercial, considerada vital para que o Brasil tente retomar o crescimento econômico.

Apesar dos problemas, o ministro é querido pela presidente, principalmente por não lhe trazer problemas e aceitar as decisões presidenciais sem muito questionamento.

Ainda assim, nas últimas semanas, era dada como certa sua saída - se Dilma encontrasse uma alternativa viável, o que estava difícil.

Um dos principais advogados da saída de Figueiredo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva advogava por um nome político ou pela volta de seu chanceler, Celso Amorim.

Nos últimos dias, a possibilidade de ter Amorim de volta ao Itamaraty pela terceira vez ganhara força, com o atual embaixador em Washington, Mauro Vieira, voltando ao Brasil para ser secretário-geral e Figueiredo assumindo a embaixada nos Estados Unidos.

No entanto, o rearranjo teria esbarrado na falta de interesse de Amorim, que se diz cansado, em assumir o ministério sem poder contar com a liberdade e a carta branca que lhe fora dada por Lula.

O vai e vem sobre o futuro do MRE tem deixado diplomatas nervosos. Mas, a demora para decidir quem comandará o Itamaraty reflete o status do ministério no atual governo.

Com orçamento baixo, pouco prestígio e sem cargos políticos para nomear, O Itamaraty não é disputado pelos partidos da base, não entra no xadrez político e deve ser um dos últimos a serem definidos.

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A recusa de Celso Amorim em aceitar a volta ao Itamaraty teria deixado a presidente Dilma Rousseff sem alternativas para substituí-lo.

Por enquanto, Figueiredo fica, mas não deve durar até o final deste segundo mandato.

O ministro tem sido criticado dentro e fora do ministério. Diplomatas o consideram sem força ou poder político no governo, o que se reflete na posição de um Itamaraty já desprestigiado.

Fora, Figueiredo é contestado pela falta de experiência e conhecimento na área comercial, considerada vital para que o Brasil tente retomar o crescimento econômico.

Apesar dos problemas, o ministro é querido pela presidente, principalmente por não lhe trazer problemas e aceitar as decisões presidenciais sem muito questionamento.

Ainda assim, nas últimas semanas, era dada como certa sua saída - se Dilma encontrasse uma alternativa viável, o que estava difícil.

Um dos principais advogados da saída de Figueiredo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva advogava por um nome político ou pela volta de seu chanceler, Celso Amorim.

Nos últimos dias, a possibilidade de ter Amorim de volta ao Itamaraty pela terceira vez ganhara força, com o atual embaixador em Washington, Mauro Vieira, voltando ao Brasil para ser secretário-geral e Figueiredo assumindo a embaixada nos Estados Unidos.

No entanto, o rearranjo teria esbarrado na falta de interesse de Amorim, que se diz cansado, em assumir o ministério sem poder contar com a liberdade e a carta branca que lhe fora dada por Lula.

O vai e vem sobre o futuro do MRE tem deixado diplomatas nervosos. Mas, a demora para decidir quem comandará o Itamaraty reflete o status do ministério no atual governo.

Com orçamento baixo, pouco prestígio e sem cargos políticos para nomear, O Itamaraty não é disputado pelos partidos da base, não entra no xadrez político e deve ser um dos últimos a serem definidos.

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