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Com protesto, Haddad inaugura ciclovia embaixo do minhocão

No local, Haddad encontrou um grupo de moradores que, com cartazes e faixas, pediam o fim do Minhocão, alegando sofrerem com a poluição e do barulho do trânsito

Ciclovia: para Haddad, a ciclovia do Minhocão faz parte do "processo de requalificação do centro" (Kelsen Fernandes/Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2015 às 18h20.

São Paulo - Ciclistas em festas e motoristas de carro irritados. Um dos principais conflitos políticos enfrentados pela gestão Fernando Haddad (PT) se repetiu na manhã deste domingo, 9, durante inauguração da ciclovia de 4,1 quilômetros que passa sob o Elevado Costa e Silva, o Minhocão, e liga a Praça Roosevelt, no centro, ao Terminal Rodoviário Barra Funda, na zona oeste.

O evento também foi marcado por uma manifestação de moradores a favor do desmonte do Minhocão.

Vestindo camisa polo e calça jeans, o prefeito chegou com mais de meia hora de atraso na Rua Amaral Gurgel, onde ciclistas o esperavam desde antes das 10 horas, horário marcado para inauguração. Em dia dos pais, ele apareceu acompanhado do filho Frederico Haddad e dava poucos sinais de que iria montar em uma bicicleta.

No local, Haddad encontrou um grupo de moradores que, com cartazes e faixas, pediam o fim do Minhocão, alegando sofrer transtornos por causa da poluição e do barulho do trânsito.

"Essa iniciativas são importantes para chamar atenção para o debate", afirmou o prefeito a uma das ativistas, antes de se dirigir para coletiva de imprensa. Os manifestantes também entregaram uma carta pedindo ao prefeito que "tenha compaixão dos mais de 230 moradores-eleitores".

Enquanto Haddad falava com os repórteres, dois motoristas passaram pela Rua Amaral Gurgel xingando o prefeito em um intervalo de menos de dois minutos. "Haddad filho da...", gritaram de dentro dos veículos. Imediatamente, os participantes do evento reagiram com vaias. O prefeito continuou falando normalmente, como se não tivesse ouvido.

"Às vezes, é por encomenda que se faz isso. Não vamos dar bola para uma minoria que não tem democracia", afirmou, após ser questionado se aquilo o incomodava.

Depois, disse que havia temas mais importantes para se preocupar, como os seis haitianos baleados no Glicério, em um possível ataque xenofóbico. "A cidade de São Paulo não pode tolerar esse tipo de coisa", disse.

Após dar por inaugurado o equipamento, Haddad pedalou até um estacionamento de food trucks, ao lado do Estação do Metrô Marechal Deodoro, onde comeu um hambúrguer e tirou fotos com várias pessoas.

Ciclovia

O equipamento inaugurado neste domingo tem trechos na Rua Amaral Gurgel, Avenidas São João, General Olímpio da Silveira e Auro de Moura Andrade.

Sob o Minhocão, foi preciso alargar parte do canteiro central para acomodar a ciclovia e paradas de ônibus, além de instalar lâmpadas de LED e barras de ferro de proteção. Ao todo, a obra custou R$ 7,7 milhões.

Para Haddad, a ciclovia faz parte do "processo de requalificação do centro". A prefeitura também afirma que acolheu moradores de ruas que se dispuseram a ir para abrigos ou voltar para suas cidades de origem. "A ciclovia não chega a ser um detalhe, mas é um dos elementos dessa requalificação do centro de São Paulo", disse.

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São Paulo - Ciclistas em festas e motoristas de carro irritados. Um dos principais conflitos políticos enfrentados pela gestão Fernando Haddad (PT) se repetiu na manhã deste domingo, 9, durante inauguração da ciclovia de 4,1 quilômetros que passa sob o Elevado Costa e Silva, o Minhocão, e liga a Praça Roosevelt, no centro, ao Terminal Rodoviário Barra Funda, na zona oeste.

O evento também foi marcado por uma manifestação de moradores a favor do desmonte do Minhocão.

Vestindo camisa polo e calça jeans, o prefeito chegou com mais de meia hora de atraso na Rua Amaral Gurgel, onde ciclistas o esperavam desde antes das 10 horas, horário marcado para inauguração. Em dia dos pais, ele apareceu acompanhado do filho Frederico Haddad e dava poucos sinais de que iria montar em uma bicicleta.

No local, Haddad encontrou um grupo de moradores que, com cartazes e faixas, pediam o fim do Minhocão, alegando sofrer transtornos por causa da poluição e do barulho do trânsito.

"Essa iniciativas são importantes para chamar atenção para o debate", afirmou o prefeito a uma das ativistas, antes de se dirigir para coletiva de imprensa. Os manifestantes também entregaram uma carta pedindo ao prefeito que "tenha compaixão dos mais de 230 moradores-eleitores".

Enquanto Haddad falava com os repórteres, dois motoristas passaram pela Rua Amaral Gurgel xingando o prefeito em um intervalo de menos de dois minutos. "Haddad filho da...", gritaram de dentro dos veículos. Imediatamente, os participantes do evento reagiram com vaias. O prefeito continuou falando normalmente, como se não tivesse ouvido.

"Às vezes, é por encomenda que se faz isso. Não vamos dar bola para uma minoria que não tem democracia", afirmou, após ser questionado se aquilo o incomodava.

Depois, disse que havia temas mais importantes para se preocupar, como os seis haitianos baleados no Glicério, em um possível ataque xenofóbico. "A cidade de São Paulo não pode tolerar esse tipo de coisa", disse.

Após dar por inaugurado o equipamento, Haddad pedalou até um estacionamento de food trucks, ao lado do Estação do Metrô Marechal Deodoro, onde comeu um hambúrguer e tirou fotos com várias pessoas.

Ciclovia

O equipamento inaugurado neste domingo tem trechos na Rua Amaral Gurgel, Avenidas São João, General Olímpio da Silveira e Auro de Moura Andrade.

Sob o Minhocão, foi preciso alargar parte do canteiro central para acomodar a ciclovia e paradas de ônibus, além de instalar lâmpadas de LED e barras de ferro de proteção. Ao todo, a obra custou R$ 7,7 milhões.

Para Haddad, a ciclovia faz parte do "processo de requalificação do centro". A prefeitura também afirma que acolheu moradores de ruas que se dispuseram a ir para abrigos ou voltar para suas cidades de origem. "A ciclovia não chega a ser um detalhe, mas é um dos elementos dessa requalificação do centro de São Paulo", disse.

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