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Com menor taxa de reeleição, sete governadores vão ao 2º turno

Dos vinte governadores que buscavam a reeleição, apenas sete já se elegeram, outros seis estão foram da disputa e sete seguem para o segundo turno

João Doria e Márcio França (Marcos Corrêa/PR/Agência Brasil)

João Doria e Márcio França (Marcos Corrêa/PR/Agência Brasil)

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Isabel Seta

Publicado em 8 de outubro de 2018 às 14h25.

Última atualização em 8 de outubro de 2018 às 19h00.

Dos 20 governadores na busca por mais quatro anos de mandato, apenas sete conseguiram se reeleger neste domingo (7), a grande maioria no Nordeste. Dos nove estados da região, seis tiveram reeleição —todas de petistas ou aliados do PT. Outros seis governadores não conseguiram avançar para o segundo turno ou viram seus estados fecharem já no primeiro turno (caso de Goiás, Mato Grosso e Paraná). A corrida eleitoral segue viva para sete governadores.

Foram reconduzidos aos cargos Renan Filho (MDB), em Alagoas, apoiado pela segunda maior coligação estadual do país; Camilo Santana (PT), no Ceará, cujo arco de aliança foi o maior que o PT conseguiu na disputa estadual; Rui Costa (PT), na Bahia, que conduziu uma gestão considerada boa ou ótima por 54% do eleitorado, de acordo com pesquisa Ibope; Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão, que voltou a derrotar a família Sarney; Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco, que superou Armando Monteiro; Wellington Dias (PT), no Piauí, alcançou o quarto mandato; e Mauro Carlesse (PHS), no Tocantins, eleito mais cedo neste ano, na eleição suplementar.

O número de reeleitos em primeiro turno é o mais baixo desde 1998. Nas eleições passadas, 13 governadores conquistaram um novo mandato. Agora, a atenção vai para os que seguem na briga.

Agora, três governadores enfrentam outsiders no segundo turno. No Mato Grosso do Sul, o tucano Reinaldo Azambuja disputa com o Juiz Odilon, do PDT, que ficou nacionalmente conhecido por combater o tráfico de drogas na fronteira do estada com o Paraguai e não tem experiência na política.

No amazonas, Amazonino Mendes (PDT) briga agora com ex-apresentador Wilson Lima (PSC), que nunca ocupou cargo eletivo. No Distrito Federal, o atual governador Rodrigo Rollemberg disputa com Ibaneis Rocha. Advogado, Ibaneis presidiu a OAB no DF entre 2013 e 2015, filiou-se ao MDB apenas no ano passado e, com patrimônio declarado de 94 milhões de reais, injetou na campanha dinheiro apenas do próprio bolso.

Há também disputas entre veteranos. No Amapá, Waldez Goés (PDT) tenta se reeleger superando João Capiberibe (PSB), que já foi governador e é senador desde 2010. Em Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD) precisará superar Valadares Filho, deputado federal por três mandatos e filho do ex-senador Antônio Carlos Valadares, para conquistar a reeleição.

No Rio Grande do Sul, o segundo turno será entre o governador Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite, que pode ser considerado um novato, mas não um completo outsider: foi prefeito de Pelotas, sua cidade natal, e vereador. Em São Paulo, o cenário é parecido. Márcio França (PSB) disputa com João Doria, que ocupou, por menos de dois anos, seu único cargo eletivo, como prefeito de São Paulo.

Faltam 20 dias para o segundo turno.

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