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Com isolamento em 48% não será possível flexibilização em SP, diz Doria

Doria afirmou que que a taxa de isolamento social deve ser no mínimo de 50% para o Estado iniciar o plano de flexibilização no dia 11 de maio

São Paulo: as aulas vão voltar de forma gradual a partir de julho, disse secretário (Governo do Estado de São Paulo./Flickr)

São Paulo: as aulas vão voltar de forma gradual a partir de julho, disse secretário (Governo do Estado de São Paulo./Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2020 às 14h21.

Última atualização em 24 de abril de 2020 às 14h24.

O governador João Doria (PSDB-SP) mostrou-se preocupado com a taxa de isolamento social registrada nesta quinta-feira (23) na capital de São Paulo e na sua região metropolitana, de 48%. Para a última quarta-feira, dia 22, o governo do Estado havia calculado o mesmo índice, insuficiente, segundo Doria, para manter o plano de flexibilização da quarentena que tem previsão para iniciar no dia 11 de maio. O governador afirmou que, para realizar o relaxamento da quarentena, a taxa mínima de isolamento da população deve permanecer em, pelo menos, 50%.

O coordenador do Centro de Contingência do novo coronavírus em São Paulo, David Uip, também alertou a população pelo baixo índice de isolamento. "Estamos num momento que não podemos ter relaxamento do isolamento. Tudo o que planejamos e conseguimos com as políticas adequadas de quarentena pode se perder com a falta de colaboração de parte da sociedade", disse o infectologista.

Uip afirmou estar muito preocupado com as aglomerações que viu nas ruas da capital paulista. Segundo o secretário da Saúde do Estado, José Henrique Germann, a taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com covid-19 em São Paulo é de 77%, enquanto que nas enfermarias a ocupação está em 67%. O secretário ainda disse que o Hospital das Clínicas e o Instituto Emílio Ribas são os hospitais públicos da capital que apresentam maior lotação.

Escolas

O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que o retorno às atividades educacionais - dentro do Plano São Paulo, que prevê a flexibilização da quarentena no Estado a partir do dia 11 de maio - será feito de forma gradual a partir de julho. Rossieli, entretanto, não descarta que a medida seja postergada caso a população não cumpra as metas de isolamento social.

Segundo o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia, a volta às aulas é condição para a reabertura do comércio. "Uma das grandes preocupações que as entidades do setor produtivo mostram é com o planejamento de volta às aulas, porque uma coisa tem a ver com a outra: na medida em que se retoma uma atividade econômica, há a necessidade de que pais e mães possam contar com o sistema público de ensino", afirmou Garcia.

De acordo com Rossieli, a retomada das atividades escolares terá início pela educação infantil para regiões específicas aprovadas pelo Comitê de Contingência do Coronavírus. Rossieli informou que terão prioridade os filhos de mães trabalhadoras. "Teremos um acolhimento muito especial para recuperar o clima escolar", disse durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

O secretário também afirmou que o governo estuda realizar o retorno para o ensino fundamental e médio na forma de rodízio entre os alunos para reduzir a lotação das salas.

 

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