Sistema Cantareira: a alta em comparação ao dia anterior, quando estava com 43,2%, é de 0,4 ponto porcentual (Vagner Campos/A2 FOTOGRAFIA/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 11h22.
São Paulo - O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da capital e da região metropolitana de São Paulo, subiu pelo segundo dia consecutivo, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgados nesta terça-feira, 26.
Outros dois sistemas também tiveram aumento do volume de água armazenada, e três ficaram estáveis.
Os reservatórios que compõem o sistema responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas operam com 43,6% da capacidade, de acordo com o dado tradicionalmente informado pela Sabesp, que considera duas cotas de volume morto como se fossem volume útil do sistema.
A alta em comparação ao dia anterior, quando estava com 43,2%, é de 0,4 ponto porcentual.
A última vez que o Cantareira registrou alguma queda foi há três meses, no dia 22 de outubro. Na ocasião, o volume armazenado de água desceu de 15,7% para 15,6%.
No ano, o manancial não subiu apenas no domingo, 24, quando permaneceu estável e interrompeu uma sequência de 52 altas seguidas.
Nas últimas 24 horas, choveu 26,5 mm sobre o Cantareira. Já no acumulado de janeiro, a precipitação soma 220,9 mm.
Além do período de chuva, outros fatores explicam a recuperação do Cantareira, que saiu do volume morto no fim de 2015: a diminuição da retirada de água do sistema pela Sabesp, o racionamento e a redução do consumo.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) também aplica multas para os chamados "gastões" e oferece bônus para quem conseguir economizar água.
A situação do sistema, no entanto, ainda demanda cuidados. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o manancial está com apenas 14,3% da capacidade. Já o terceiro índice indica 33,7%.
Outros mananciais
Além do Cantareira, os Sistemas Rio Grande e Rio Claro registraram alta nesta terça-feira. Ambos subiram 0,1 ponto porcentual e passaram para 92% e 81,4%, respectivamente.
Atualmente responsável por abastecer o maior número de consumidores na capital e na Grande São Paulo (5,8 milhões), o Guarapiranga ficou estável com 85,5% da capacidade.
Já o Alto Tietê, que também ficou estável, está com 28,9% da capacidade. O índice já considera um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014.
Praticamente cheio, o Alto Cotia manteve o volume de água armazenada e está com 99,8% da capacidade nesta terça-feira.