Voa Brasil: Bilhetes aéreos acessíveis para aposentados do INSS. (Air France/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 24 de julho de 2024 às 19h49.
Última atualização em 24 de julho de 2024 às 19h56.
O ministro do Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, lançou nesta quarta-feira o programa Voa Brasil, para facilitar a compra de passagens aéreas por até R$ 200 por trecho para aposentados do INSS. Podem adquirir os bilhetes os idosos que não tenham viajado no período de um ano.
A compra do bilhete vai depender da oferta de assentos pelas companhias aéreas, que poderão disponibilizar as passagens no site do governo. Inicialmente, o governo previa que o público do programa seria mais amplo, com pensionistas e alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni), mas isso ficou para um segundo momento.
O programa não terá subsídios, portanto, o governo não pode forçar as empresas a venderem bilhetes mais baratos. O ministro afirmou que hoje são 112 milhões de passagens de vendidas por ano para 30 milhões de CPFs. O objetivo é aumentar em 10% o número de CPFs compradores.
Os aposentados poderão acessar o site do Voa Brasil o ano todo, mas as chances de conseguirem passagens é maior na baixa temporada, já que as companhias aéreas vão disponibilizar os bilhetes mais baratos apenas quando houver uma tendência de sobra na oferta de passagens.
"É um ganha-ganha. As empresas têm ociosidade e as pessoas querem viajar", disse o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O programa é uma ideia antiga do governo, prometida pelo ex-ministro da pasta Márcio França para agosto de 2023. Silvio Costa justificou a demora no lançamento às dificuldades de se formatar um programa para facilitar o acesso da população ao transporte aéreo, sem subsídios do governo. O ministro alega que o programa vai começar a funcionar como um piloto. A meta é, no início de 2025, incluir alunos inscritos nos programas estudantis do governo federal, além de pensionistas do INSS.
Auxiliares palacianos e principalmente o ministro da Casa Civil, Rui Costa, temem que o programa gere frustração na população, com efeitos negativos para a popularidade de Lula.
"Primeiro programa de inclusão social da aviação brasileira. Vai fazer com que mais brasileiros possam voar pelo Brasil. Cerca de 10% da nossa sociedade tem mais de 65 anos, mas isso não se reflete nos passageiros. Apenas 2% de quem voa tem mais de 65 anos", disse o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca.