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Com 26% dos eleitores sob seus governos, PSD e MDB terão papel chave na eleição presidencial de 2026

Partidos foram os maiores vencedores da eleição e vão governar 27 milhões de pessoas cada

 (Arquivo/Agência Brasil)

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Publicado em 29 de outubro de 2024 às 15h51.

Última atualização em 21 de novembro de 2024 às 00h38.

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O PSD e o MDB, partidos que saíram vencedores da eleição municipal deste ano, terão papel chave nas discussões que envolvem o Congresso Nacional e a eleição presidencial de 2026, avalia Fábio Zambeli, vice-presidente da Ágora Assuntos Públicos, que participou no último domingo, dia 27, da live de apuração das eleições municipais realizada pela EXAME.

“Esse triunfo desse centro mais pragmático, principalmente o PSD e o MDB, mostra que esses partidos vão decidir o rumo do país, tanto nas discussões que envolvem o Congresso Nacional quanto na eleição presidencial de 2026”, disse Zambeli.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estudo da Nexus Pesquisa e Inteligência de dados, o PSD, de Gilberto Kassab, elegeu o maior número de prefeitos, 887, e vai governar 27,6 milhões de eleitores, cerca de 12,7% da população brasileira. O MDB conquistou 856 prefeituras e vai comandar cerca de 27,7 milhões de eleitores. Ou seja, juntos, esses partidos comandarão mais de um quarto da população brasileira.

O MDB aumentou em 68% o número de eleitores governados pelo partido na comparação entre 2020 com 2024. Já o PSD cresceu em 62% esse número. 

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Sem candidatos "naturais"

Na análise de Zambeli, esse resultado vai favorecer os partidos nas eleições para deputados e senadores daqui a dois anos, além da composição de chapas majoritárias. “Eles saem muito fortalecidos para composição de bancadas fortes na Câmara e no Senado e também para composição de alianças majoritárias”, avalia.

O analista, porém, aponta que esses partidos não têm "candidatos naturais" para a sucessão de Lula. Zambeli citou Simone Tebet (MDB) e Rodrigo Pacheco (PSD), destacando que ambos têm interesses e sinalizações diferentes de uma disputa presidencial.

“Vejo que o tamanho político de Tebet diminuiu depois que entrou no governo. Não sei se ela vai se candidatar novamente, uma vez que está mais no campo governista. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não tem aspirações de uma disputa presidencial, está mais focado no governo de Minas e em uma possível vaga no Supremo”, afirma.

Apesar de não terem um nome forte para uma possível cabeça de chapa, Zambeli aponta que a capilaridade e a capacidade de mobilização desses partidos farão que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, busquem compor com esses partidos.

“São partidos que vão definir a sucessão presidencial sem possivelmente estarem na cabeça de chapa. O principal recado é que esses partidos pêndulo saem mais fortes e vão começar a ser ‘paquerados’ por Lula e pelo candidato no campo da direita”, conclui.

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