Collor x Janot: como foi o bate-boca dos dois no Senado
Desafeto público do procurador-geral, Collor chegou mais cedo no plenário e ocupou a primeira mesa para ficar cara a cara com Janot
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 15h53.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h34.
São Paulo – O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot , protagonizaram um bate-boca no Senado nesta quarta-feira. Janot é sabatinado por senadores nesta tarde como parte do processo para ser reconduzido ao cargo à frente da Procuradoria-Geral da República. Desafeto público do procurador-geral, Collor chegou mais cedo no plenário e ocupou a primeira mesa para ficar cara a cara com o procurador-geral. Na semana passada, Janot apresentou ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) uma denúncia contra o ex-presidente por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Collor, então, fez uma manobra para participar da sabatina de hoje ao destituir um senador e se indicar para ocupar uma vaga na comissão responsável pelo processo. Quando lhe foi dada a palavra para questionar o procurador, Collor acusou Janot de ter vazado informações sobre as investigações da Operação Lava Jato e de ter contratado uma empresa sem licitação. "Estamos aqui diante de um catedrático em vazar informações. Vazar informações que correm sob segredo de justiça e violar segredo de Justiça é crime previsto no código penal”, disse o senador. Interrompido pelo senador durante seu discurso, Janot alterou a voz para pedir “seu direito de manifestação”. E aproveitou para cutucar Collor: “Gostaria de lembrar que não há futuro viável se condenscedermos agora com a corrupção (...). O que tem se chamado de espetacularização da Lava Jato é a aplicação da lei, que é igual para todos”, disse. Collor ultrapassou o tempo determinado pelo regimento da Casa para as perguntas e pediu que seu nome fosse inscrito no final da lista de senadores que ainda fariam perguntas. O pedido foi negado.
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