O deputado federal Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 2 de agosto de 2018 às 16h51.
Última atualização em 2 de agosto de 2018 às 17h10.
São Paulo - De cada 10 eleitores brasileiros, três não votariam de jeito nenhum no senador Fernando Collor de Mello, no deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o levantamento, que ouviu duas mil pessoas entre os dias 21 e 24 de junho, 32% dos entrevistados rejeitam Collor e Bolsonaro - 31% rejeitam o ex-presidente Lula. Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) também são rejeitados por 22%, 18% e 18%, respectivamente.
Cerca de um em cada dez declara que não votaria de jeito nenhum em Rodrigo Maia (DEM) (13%), em Fernando Haddad (PT)(12%), Henrique Meirelles (MDB) (11%) ou em Levy Fidelix (PRTB) (10%).
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-02265/2018.
O Ibope também mediu a intenção de voto dos brasileiros. Quando Lula não é colocado como candidato, quem lidera a disputa é Bolsonaro, com 17% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (13%), Ciro Gomes (8%) e Alckmin (6%).
Os candidatos que mais se beneficiam da migração de votos do ex-presidente são Marina Silva, que ficaria com 16% dos eleitores que votariam em Lula, seguida por Ciro, que fica com 11%. Já Haddad, que pode sair como plano B do PT, ficaria com apenas 3% dos votos.
Já em uma simulação com o petista, Lula desponta com 33% das intenções de voto. Bolsonaro aparece em segundo com 15%, seguido por Marina, com 7%. Ciro e Alckmin ficam empatados no quarto lugar com 4% das intenções de voto.
A pesquisa mostra que o eleitor está desapontado com o atual cenário político. Segundo a sondagem, 45% do eleitorado se diz "pessimista" ou "muito pessimista" com as eleições deste ano.
"O pessimismo deve-se à corrupção e ao descrédito na classe política e se reflete no baixo interesse nas eleições", diz o relatório do Ibope.
Já os que se dizem otimistas ou muito otimistas representam 23%, enquanto 26% estão nem otimistas, nem pessimistas.