Coligação "O Povo Feliz de Novo" (PT/PC do B/PROS) acionou nesta terça-feira, 2, o TSE (Diego Vara/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de outubro de 2018 às 09h02.
Brasília - A Coligação "O Povo Feliz de Novo" (PT/PC do B/PROS) acionou nesta terça-feira, 2, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que seja aberta uma investigação por abuso de poder econômico contra a campanha do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. O caso gira em torno da empresa de ar condicionado Komeco, localizada na cidade de Palhoça, na região da Grande Florianópolis (SC).
Ao pedir a instauração de uma ação de investigação judicial eleitoral, a coligação de Fernando Haddad (PT) pretende que, ao final da apuração, a Corte Eleitoral declare Bolsonaro inelegível por oito anos.
A coligação "O Povo Feliz de Novo" acusa o presidente da Komeco, Denisson Moura de Freitas, de ter gravado um áudio direcionado a funcionários solicitando que os empregados usem adesivos e camisetas de apoio a Bolsonaro. De acordo com o PT, no áudio, Denisson afirma que a empresa irá contribuir para a compra dos materiais e que os funcionários da Komeco irão trabalhar durante a "semana Bolsonaro" uniformizados com a camiseta.
A acusação da coligação de Haddad é a de que a campanha de Bolsonaro está ganhando reforço financeiro "que não está compatibilizado nos gastos" oficiais divulgados ao TSE, mas cujos resultados serão usufruídos pelo candidato do PSL.
Para a coligação do candidato petista, a ação de investigação tem o objetivo de "evitar o desequilíbrio do pleito e o abuso do poder econômico, uma vez que tal prática tem potencial suficiente para comprometer o equilíbrio do pleito eleitoral de 2018".
O caso já ganhou repercussão nas redes sociais, com postagens a favor da empresa. "Empresa Komeco fará a 'Semana Bolsonaro', conscientes de que se o PT ganhar, o Brasil quebra! Parabéns a eles", diz a publicação de um internauta. "Parabéns pelo apoio explícito da Komeco ao Bolsonaro", afirma outro usuário da rede mundial de computadores.
Procurada pela reportagem por e-mail na noite desta terça-feira, a Komeco não havia respondido até a publicação deste texto. A campanha de Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o caso.