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CNI: corte de R$ 40 bi pelo governo evitaria alta dos juros

Entidade faz lista de investimentos prioritários e diz que política fiscal "expansionista precisa ser revista"

CNI diz que corte de R$40 bi ajudaria o governo a manter juros baixos, e portanto, a economia em crescimento (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia Commons)

CNI diz que corte de R$40 bi ajudaria o governo a manter juros baixos, e portanto, a economia em crescimento (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 17h28.

São Paulo - Um cálculo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que se o governo cortar 40 bilhões de reais do orçamento da União para 2011 será possível controlar a inflação sem precisar elevar os juros no médio prazo. O valor total do orçamento inicialmente aprovado pelo Congresso é de 2,07 trilhões de reais.

“A política fiscal expansionista dos últimos anos precisa ser revista", diz a CNI em nota. Se não houver cortes, de acordo com a entidade, o esforço do Banco Central para conter a inflação será maior. Isto levará a juros mais altos, o que irá "comprometer o crescimento da economia."

Embora o trabalho da CNI não apresente sugestões de onde os cortes poderiam ser feitos, ele identifica investimentos prioritários que deveriam ser poupados da economia. Ao todo, 28 projetos de infraestrutura e na área social figuram na lista dos prioritários.

Na área de transportes e logística, fazem parte da lista as obras da rodovia BR-163, entre Santarém, no Pará, e Mato Grosso, que preveem investimentos de 859 milhões de reais; a Ferrovia Norte-Sul, de 2,8 bilhões de reais; e a ampliação dos aeroportos nas cidades-sedes da Copa do Mundo.

Na infraestrutura energética, a CNI defende a preservação das hidrelétricas do rio Madeira e do plano de investimentos da Petrobras até 2014, que estabelece investimentos de 361 bilhões de reais. Os programas Minha Casa, Minha Vida e Água Para todos também são defendidos pela CNI. Juntas, essas duas iniciativas somarão 96,7 bilhões de reais em investimentos.

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