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Clima é tenso em enterro de dançarino no Rio

Ambiente era de tensão, depois de mais de uma hora de passeata pacífica, entre o morro, em Copacabana, e o cemitério São João Batista, em Botafogo


	Maria da Silva, mãe do dançarino: "Por que os policiais, sem serem convidados, vieram acompanhar a manifestação? Tenho direito de estar só com o meu filho e os amigos dele da comunidade"
 (Tânia Rego/Agência Brasil)

Maria da Silva, mãe do dançarino: "Por que os policiais, sem serem convidados, vieram acompanhar a manifestação? Tenho direito de estar só com o meu filho e os amigos dele da comunidade" (Tânia Rego/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 16h40.

Rio de Janeiro - Um grupo de manifestantes vestidos de preto e bradando palavras de ordem contra a imprensa se juntou na tarde desta quinta-feira aos moradores da favela Pavão-Pavãozinho e de outras comunidades que protestam contra o assassinato do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira.

O ambiente era de tensão, depois de mais de uma hora de passeata pacífica, entre o morro, em Copacabana (zona sul do Rio), e o cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul), onde o corpo de Douglas estava sendo velado e será enterrado em alguns minutos.

"Fora Rede Globo", "mídia fascista, sensacionalista", gritam alguns manifestantes. Jornalistas foram cercados e ameaçados de agressão. Policiais militares do Batalhão de Choque estão nas proximidades do cemitério.

Também há policiais à paisana. A mãe do dançarino, Maria de Fátima da Silva, reclamou da presença da polícia.

"Por que os policiais, sem serem convidados, vieram acompanhar a manifestação? Tenho direito de estar só com o meu filho e os amigos dele da comunidade", disse ela, aplaudida pelos manifestantes.

A atriz Regina Casé, apresentadora do programa "Esquenta", da TV Globo, onde Douglas trabalhava, chegou ao cemitério por volta das 15 horas e foi direto para a capela onde se realiza o velório.

Mototaxistas do Pavão-Pavãozinho seguiram na frente da passeata, fazendo um buzinaço em protesto contra a violência policial na comunidade. Cerca de 400 pessoas estavam no cemitério.

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