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Dez cidades em SP ainda não têm prefeitos definitivos

Nesses municípios, os prefeitos eleitos em 2012 tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral e lutam para recuperar o cargo

Paulínia: lá, o prefeito eleito, o segundo colocado e o presidente da Câmara se revezam no posto desde o início de 2013 (Júlio Boaro/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2015 às 13h08.

Sorocaba - Quase três anos após as eleições, 66 municípios do Estado de São Paulo ainda não têm prefeitos definitivos. Os eleitos em 2012 tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral e lutam para recuperar o cargo.

Em dez destas cidades, os prefeitos depostos conseguiram reaver o mandato, mas ainda aguardam o julgamento dos processos. No interior, faltando pouco mais de um ano para o pleito de 2016, municípios convivem com a instabilidade política pela troca sucessiva de prefeitos.

É o caso de Paulínia, região de Campinas, onde o prefeito eleito, o segundo colocado e o presidente da Câmara se revezam no posto desde o início de 2013. O eleito Edson Moura Júnior (PMDB) sofreu seis cassações, a primeira logo após a eleição, por suposta irregularidade de registro.

Ele assumiu a candidatura do próprio pai, Edson Moura, acusado de compra de votos, à véspera do pleito. Júnior recuperou o mandato seguidas vezes, mas voltou a ser afastado em fevereiro deste ano sob acusações que incluem crime eleitoral e infrações administrativas. Ele nega e aguarda julgamento de recursos. José Pavan Junior (PSB), segundo colocado, é o prefeito atual.

Em Restinga, a vice-prefeita Luciene Faria Fernandes (PRB) reassumiu a prefeitura no último dia 27, após o Tribunal de Justiça de São Paulo anular sua cassação.

Foi a sétima mudança de prefeito nesta gestão. Luciene havia substituído o eleito Paulo Pitt (DEM), cassado por manter funcionários fantasmas e contratar sem licitação. Os dois se revezam no comando do Executivo local, que teve ainda no posto, por períodos curtos, dois presidentes da Câmara.

Desde 2013, eleitores de 19 cidades paulistas tiveram de voltar às urnas para eleger novos prefeitos. Isso ocorreu porque os eleitos em 2012 e seus vices foram cassados, mas tinham obtido mais de 50% dos votos válidos. Nesse caso, a lei prevê novas eleições.

Neste ano que antecede as eleições municipais de 2016, eleitores de dois municípios voltaram às urnas. No dia 12 de abril, Mario Felício Neto (PDT) foi eleito prefeito de Paulo de Faria, onde os diplomas do prefeito reeleito Herley Torres Rossi e de sua vice, Maria Aparecida Barbosa, ambos do PDT, tinham sido cassados com base na ficha limpa.

Em Itápolis, José Luis Kawachi (PSDB) foi eleito no dia 1 de março. O novo pleito ocorreu após a anulação das eleições de 2012, em que o eleito, Júlio Cesar Mazzo (PRP), foi acusado de irregularidades na campanha. A cassação inclui Kawachi, então vice de Mazzo, mas ele pode voltar a concorrer.

Também já tiveram segundas eleições após 2012, Americana, Bento de Abreu, Indiana, Jumirim, Descalvado, Santana do Parnaíba, Ibaté, Tabatinga, Osvaldo Cruz, Itaí, Boa Esperança do Sul, Pedrinhas Paulista, General Salgado, Cananéia, Fernão, Coronel Macedo e Eldorado.

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Sorocaba - Quase três anos após as eleições, 66 municípios do Estado de São Paulo ainda não têm prefeitos definitivos. Os eleitos em 2012 tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral e lutam para recuperar o cargo.

Em dez destas cidades, os prefeitos depostos conseguiram reaver o mandato, mas ainda aguardam o julgamento dos processos. No interior, faltando pouco mais de um ano para o pleito de 2016, municípios convivem com a instabilidade política pela troca sucessiva de prefeitos.

É o caso de Paulínia, região de Campinas, onde o prefeito eleito, o segundo colocado e o presidente da Câmara se revezam no posto desde o início de 2013. O eleito Edson Moura Júnior (PMDB) sofreu seis cassações, a primeira logo após a eleição, por suposta irregularidade de registro.

Ele assumiu a candidatura do próprio pai, Edson Moura, acusado de compra de votos, à véspera do pleito. Júnior recuperou o mandato seguidas vezes, mas voltou a ser afastado em fevereiro deste ano sob acusações que incluem crime eleitoral e infrações administrativas. Ele nega e aguarda julgamento de recursos. José Pavan Junior (PSB), segundo colocado, é o prefeito atual.

Em Restinga, a vice-prefeita Luciene Faria Fernandes (PRB) reassumiu a prefeitura no último dia 27, após o Tribunal de Justiça de São Paulo anular sua cassação.

Foi a sétima mudança de prefeito nesta gestão. Luciene havia substituído o eleito Paulo Pitt (DEM), cassado por manter funcionários fantasmas e contratar sem licitação. Os dois se revezam no comando do Executivo local, que teve ainda no posto, por períodos curtos, dois presidentes da Câmara.

Desde 2013, eleitores de 19 cidades paulistas tiveram de voltar às urnas para eleger novos prefeitos. Isso ocorreu porque os eleitos em 2012 e seus vices foram cassados, mas tinham obtido mais de 50% dos votos válidos. Nesse caso, a lei prevê novas eleições.

Neste ano que antecede as eleições municipais de 2016, eleitores de dois municípios voltaram às urnas. No dia 12 de abril, Mario Felício Neto (PDT) foi eleito prefeito de Paulo de Faria, onde os diplomas do prefeito reeleito Herley Torres Rossi e de sua vice, Maria Aparecida Barbosa, ambos do PDT, tinham sido cassados com base na ficha limpa.

Em Itápolis, José Luis Kawachi (PSDB) foi eleito no dia 1 de março. O novo pleito ocorreu após a anulação das eleições de 2012, em que o eleito, Júlio Cesar Mazzo (PRP), foi acusado de irregularidades na campanha. A cassação inclui Kawachi, então vice de Mazzo, mas ele pode voltar a concorrer.

Também já tiveram segundas eleições após 2012, Americana, Bento de Abreu, Indiana, Jumirim, Descalvado, Santana do Parnaíba, Ibaté, Tabatinga, Osvaldo Cruz, Itaí, Boa Esperança do Sul, Pedrinhas Paulista, General Salgado, Cananéia, Fernão, Coronel Macedo e Eldorado.

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