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Ciclo de diálogos entre ELN e governo da Colômbia começa em Cuba

Na capital cubana, que já acolheu as negociações com as Farc, ambas as partes anunciaram que trabalharão para concretizar um novo cessar-fogo

ELN: líder da delegação mostrou preocupação com as "grandes dificuldades" que as Farc atravessam em seu processo de desmobilização (AFP/AFP)

ELN: líder da delegação mostrou preocupação com as "grandes dificuldades" que as Farc atravessam em seu processo de desmobilização (AFP/AFP)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de maio de 2018 às 18h09.

O governo da Colômbia e o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) reiniciaram hoje (10), em Havana, o quinto ciclo de diálogos de paz com o objetivo de concretizar avanços nas negociações e após a recusa do Equador de seguir como mediador e sede das negociações.

Na capital cubana, que já acolheu as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ambas as partes anunciaram que trabalharão para concretizar um novo cessar-fogo bilateral e elaborar um modelo da participação da sociedade no processo de paz.

O líder da equipe negociadora do governo com o ELN, Gustavo Bell, disse que está "razoavelmente otimista" para conseguir "resultados concretos e favoráveis em médio prazo", enquanto o chefe da delegação da guerrilha, Pablo Beltrán, afirmou que "nenhuma adversidade" fará com que o grupo deixe a mesa" de diálogo.

Tanto Bell como Beltrán manifestaram "profundo" agradecimento a Cuba por sediar o ciclo de conversas e por seu firme compromisso com a paz na Colômbia e na América Latina.

O líder da delegação do ELN, no entanto, mostrou preocupação com as "grandes dificuldades" que as Farc atravessam em seu processo de desmobilização, depois que assinaram um acordo de paz com o governo colombiano em 2016 e se transformaram em partido político. "As Farc colocaram todos os ovos na mesma cesta e veem que a cesta está a ponto de cair e quebrar todos eles", alertou Beltrán.

Na instalação da mesa também estiveram presentes os representantes dos países fiadores do processo: Brasil, Chile, Noruega e Venezuela, que, junto a Cuba, ratificaram o seu compromisso de continuar apoiando as negociações, ressaltou o chefe da equipe de mediadores de Cuba, embaixador Iván Mora.

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