Brasil

Chuva não chega a rios que abastecem região de Campinas

Cinco cidades que já estão racionando a distribuição de água estudam medidas para ampliar as restrições ao consumo


	Campinas: rios que atendem a região também servem o Sistema Cantareira
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Campinas: rios que atendem a região também servem o Sistema Cantareira (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 17h48.

Sorocaba - As chuvas que atingiram nos últimos dias o Paraná e algumas regiões de São Paulo passaram longe dos rios que abastecem as regiões de Campinas e Piracicaba, no interior de São Paulo.

Cinco cidades que já estão racionando a distribuição de água estudam medidas para ampliar as restrições ao consumo.

O objetivo é evitar colapso total no abastecimento até a volta das chuvas, entre o final de setembro e o início de outubro.

Os rios que atendem a região também servem o Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo - incluindo o "volume morto", o sistema operava com 23,3% da capacidade nesta sexta-feira, 13.

Em Campinas, choveu apenas 26,1 milímetros em maio, quando seriam esperados para o mês 63,3 mm.

O Rio Atibaia, principal fonte de abastecimento de um milhão de pessoas, tinha na manhã desta sexta-feira vazão de 6,17 metros cúbicos por segundo na passagem pela cidade, segundo o Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

Para a Sanasa, empresa de saneamento de Campinas, a vazão considerada no ponto de captação era de 9,13 m3/s, dentro da margem de segurança para o abastecimento.

O município adotou medidas para reduzir o consumo, como a ampliação no reuso de água.

Outros rios que abastecem a região, como o Jaguari e o Corumbataí, também continuam com o nível baixo.

O Jaguari tinha vazão de 3,23 m3/s na passagem por Paulínia e o Corumbataí, que abastece Piracicaba, apresentava uma vazão de apenas 2,68 m3/s próximo do sistema de captação.

O serviço de água de Piracicaba dirigiu apelos para economia, mas não adotou medidas de racionamento.

Em São Pedro, cidade da região, o racionamento pode ser ampliado além do período das 13 às 17 horas, pois os mananciais não se recuperaram.

Com a chegada das férias escolares, a cidade recebe muitos turistas nos fins de semana e o consumo aumenta.

Em Cosmópolis, o rodízio iniciado em nove bairros será ampliado para outras áreas ainda este mês.

O serviço de água de Valinhos também prepara a extensão do rodízio das atuais 18 para 24 horas, caso o nível dos reservatórios de Figueiras e do Moinho Velho continue caindo.

No município de Itu, o racionamento já foi ampliado no final de maio.

A empresa de saneamento Águas de Itu já avisou que a restrição pode ser ampliada ainda mais se as metas de redução no consumo não forem atingidas.

Acompanhe tudo sobre:CampinasChuvascidades-brasileirasClima

Mais de Brasil

Enchentes no RS: cidade gaúcha registra primeira morte por leptospirose

Famílias aptas para receber auxílio reconstrução no RS terão que validar cadastro a partir do dia 27

Rio Grande Sul voltará a enfrentar chuvas fortes e massa de ar polar nesta semana, alerta Inmet

Rio de Janeiro recebe FII PRIORITY Summit com o tema “Investir com Dignidade”

Mais na Exame