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Chefe da ONU defende direito a aborto em casos de zika

No Brasil, o crescente número de casos de microcefalia associados ao Zika, tem ampliado as discussões sobre o assunto


	Grávida: vírus tem sido associado no Brasil à microcefalia
 (Thinkstock/Thinkstock)

Grávida: vírus tem sido associado no Brasil à microcefalia (Thinkstock/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 09h03.

Genebra - O principal comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein, conclamou nesta sexta-feira para que os países com o Zika vírus disponibilizem aconselhamento sobre saúde sexual e reprodutiva para mulheres e permitem o direito ao aborto.

"As leis e as políticas que restringem acesso a esses serviços devem ser urgentemente revistas em consonância com os direitos humanos, a fim de garantir na prática o direito à saúde para todos", disse ele em comunicado.

O Zika vírus tem sido associado no Brasil à microcefalia, uma condição de má formação de cérebros de bebês.

"Estamos pedindo aos governos para mudar essas leis, porque como eles podem pedir a estas mulheres a não engravidar? Mas também não oferecer-lhes informação que está disponível e também a possibilidade de interromper a gravidez se assim desejarem", disse em entrevista coletiva a porta-voz do comissário da ONU, Cecile Pouilly, quando questionada sobre países tais como El Salvador que criminalizam o aborto.

No Brasil, onde o aborto também é criminalizado, o crescente número de casos de microcefalia associados ao Zika, tem ampliado as discussões sobre o assunto.

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