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CFM orienta médicos de todo o país a pedir exame de DSTs

O CFM afirma que o ideal é a realização dos exames uma vez na vida ou quando há situações de risco

Médico em consulta: o CFM afirma que o ideal é a realização dos exames uma vez na vida ou quando há situações de risco (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 09h50.

Brasília - Médicos devem orientar seus pacientes a fazer exames de diagnóstico de sífilis, HIV e hepatites B e C, segundo recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM), enviada na terça-feira, 15, para publicação.

A forma de aplicação da medida será definida por profissional. "Não é nada compulsório", afirmou o professor de Infectologia da Universidade Federal de Medicina de Minas Gerais (UFMG), Dirceu Greco, integrante da câmara técnica do CFM responsável pela edição da medida.

"Mas é uma oportunidade de ouro para se quebrar o gelo, discutir o assunto e tentar ampliar o número de diagnósticos", completou o professor de infectologia. A recomendação é dirigida para todos os profissionais, independentemente da especialidade ou do perfil do paciente.

Risco

O CFM afirma que o ideal é a realização dos exames uma vez na vida ou quando há situações de risco - relações sexuais desprotegidas mantidas com um parceiro que não se conhece a situação sorológica.

Greco avalia que uma das vantagens da medida é trazer para o consultório o tema da vida sexual.

"Médicos perguntam sobre a dieta, fazem recomendações gerais sobre peso, sobre colesterol ou atividades físicas. Mas poucos tocam no assunto da vida sexual", disse.

Greco afirma que o impacto que a recomendação trará para custos de saúde, sejam públicos ou do sistema suplementar, é muito pequeno, quando comparado com as vantagens. "Há ainda uma parcela da população que não sabe se é portadora dessas doenças", disse.

"Ao saber da condição, o paciente pode ter acesso mais rapidamente a tratamentos, algo que pode ajudar em muito a reduzir custos."

De acordo com ele, a recomendação terá também um papel muito importante na prevenção dessas doenças. "Ao se falar sobre testes, profissionais podem abordar a forma de prevenção da doença, algo que não tem preço", disse.

Em 2014, foram registrados 39.951 casos de aids no País. O número é inferior ao que havia sido identificado em 2013, quando 41.814 foram relatados.

Apesar disso, especialistas chamam a atenção para o avanço da epidemia nas faixas mais novas da população, sobretudo entre pessoas com idade entre 15 e 24 anos.

Sífilis

No caso de sífilis, somente são notificados de forma compulsória casos registrados entre gestantes e bebês. O número de infecções transmitidas durante a gestação para o bebê aumentou de forma expressiva nos últimos anos.

Entre 1998 e 2014, foram notificados 104.853 casos em menores de 1 ano.

O departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde chegou a projetar 41.752 casos de gestantes com sífilis neste ano e 22.518 casos em recém-nascidos, caso a tendência de crescimento persista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Médicos devem orientar seus pacientes a fazer exames de diagnóstico de sífilis, HIV e hepatites B e C, segundo recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM), enviada na terça-feira, 15, para publicação.

A forma de aplicação da medida será definida por profissional. "Não é nada compulsório", afirmou o professor de Infectologia da Universidade Federal de Medicina de Minas Gerais (UFMG), Dirceu Greco, integrante da câmara técnica do CFM responsável pela edição da medida.

"Mas é uma oportunidade de ouro para se quebrar o gelo, discutir o assunto e tentar ampliar o número de diagnósticos", completou o professor de infectologia. A recomendação é dirigida para todos os profissionais, independentemente da especialidade ou do perfil do paciente.

Risco

O CFM afirma que o ideal é a realização dos exames uma vez na vida ou quando há situações de risco - relações sexuais desprotegidas mantidas com um parceiro que não se conhece a situação sorológica.

Greco avalia que uma das vantagens da medida é trazer para o consultório o tema da vida sexual.

"Médicos perguntam sobre a dieta, fazem recomendações gerais sobre peso, sobre colesterol ou atividades físicas. Mas poucos tocam no assunto da vida sexual", disse.

Greco afirma que o impacto que a recomendação trará para custos de saúde, sejam públicos ou do sistema suplementar, é muito pequeno, quando comparado com as vantagens. "Há ainda uma parcela da população que não sabe se é portadora dessas doenças", disse.

"Ao saber da condição, o paciente pode ter acesso mais rapidamente a tratamentos, algo que pode ajudar em muito a reduzir custos."

De acordo com ele, a recomendação terá também um papel muito importante na prevenção dessas doenças. "Ao se falar sobre testes, profissionais podem abordar a forma de prevenção da doença, algo que não tem preço", disse.

Em 2014, foram registrados 39.951 casos de aids no País. O número é inferior ao que havia sido identificado em 2013, quando 41.814 foram relatados.

Apesar disso, especialistas chamam a atenção para o avanço da epidemia nas faixas mais novas da população, sobretudo entre pessoas com idade entre 15 e 24 anos.

Sífilis

No caso de sífilis, somente são notificados de forma compulsória casos registrados entre gestantes e bebês. O número de infecções transmitidas durante a gestação para o bebê aumentou de forma expressiva nos últimos anos.

Entre 1998 e 2014, foram notificados 104.853 casos em menores de 1 ano.

O departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde chegou a projetar 41.752 casos de gestantes com sífilis neste ano e 22.518 casos em recém-nascidos, caso a tendência de crescimento persista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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