Cerca de 36% dos índios brasileiros vivem em cidades
O estudo "Brasil Indígena", publicado pelo IBGE, mostra que os povos indígenas cada vez se afastam mais de suas reservas e esquecem suas línguas
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2013 às 15h23.
Rio de Janeiro - Segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira pelo Governo, 36,2% dos 896.917 brasileiros que se declararam como índios no Censo de 2010 vivem nas cidades e apenas 37,4% falam a língua de sua etnia,
O estudo "Brasil Indígena", publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), coincidindo com o Dia do Índio, mostra que os povos autóctones cada vez se afastam mais de suas reservas e esquecem suas línguas.
O relatório foi realizado a partir de dados do Censo de 2010, o primeiro no país que perguntou às pessoas que se declaram índios dados sobre sua etnia e língua.
Segundo o IBGE, dos 896.917 índios recenseados em 2010, um total de 379.534, ou seja, 42,3%, viviam fora das terras indígenas.
Dos que estavam fora de suas reservas, 78,7% viviam em cidades e 21,2% em áreas urbanas.
Aos 298.871 índios que vivem em cidades longe de suas reservas se somam 25.963 cujas reservas ficam em áreas urbanas, com o que se chega a 324.834 índios, 36,2% do total, vivendo em cidades.
Segundo o relatório, a cidade brasileira com maior número de índios é São Paulo (11.918), seguida por São Gabriel da Cachoeira (11.016), município no estado do Amazonas no qual convivem várias etnias.
Enquanto nos índios que vivem em suas terras há elevadas porcentagens de menores de idade, algo atribuído às altas taxas de natalidade entre as mulheres das reservas, os que vivem nas cidades são majoritariamente jovens e adultos.
Segundo o Censo, o Brasil contava em 2010 com 305 etnias indígenas que falavam 274 línguas.
O número de etnias e línguas identificado supera o calculado pela Fundação Nacional do Índio, o que os autores do estudo atribuem a subdivisões que os próprios indígenas desconhecem.
"Isso demonstra a necessidade de estudos antropológicos e linguísticos mais profundos já que algumas línguas podem ser variações de outras e certas etnias podem ser subgrupos ou segmentos de outras", adverte o relatório.
O estudo mostrou igualmente que muitos índios deixaram de praticar suas línguas autóctones e só se alfabetizam em português.
Do total de índios com mais de cinco anos de idade, apenas 37,4% falava a língua de sua etnia.
Essa tendência é maior para os que vivem fora das terras indígenas, entre os quais somente 12,7% fala a língua de sua etnia e 87,3% não o fazia.
Do total de índios brasileiros, 17,5% não fala português.
Enquanto 32,3% dos índios com mais de 15 anos de idade que vivem em reservas sabe ler e escrever, a porcentagem de alfabetizados chega a 90,4% da população brasileira em geral.
Rio de Janeiro - Segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira pelo Governo, 36,2% dos 896.917 brasileiros que se declararam como índios no Censo de 2010 vivem nas cidades e apenas 37,4% falam a língua de sua etnia,
O estudo "Brasil Indígena", publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), coincidindo com o Dia do Índio, mostra que os povos autóctones cada vez se afastam mais de suas reservas e esquecem suas línguas.
O relatório foi realizado a partir de dados do Censo de 2010, o primeiro no país que perguntou às pessoas que se declaram índios dados sobre sua etnia e língua.
Segundo o IBGE, dos 896.917 índios recenseados em 2010, um total de 379.534, ou seja, 42,3%, viviam fora das terras indígenas.
Dos que estavam fora de suas reservas, 78,7% viviam em cidades e 21,2% em áreas urbanas.
Aos 298.871 índios que vivem em cidades longe de suas reservas se somam 25.963 cujas reservas ficam em áreas urbanas, com o que se chega a 324.834 índios, 36,2% do total, vivendo em cidades.
Segundo o relatório, a cidade brasileira com maior número de índios é São Paulo (11.918), seguida por São Gabriel da Cachoeira (11.016), município no estado do Amazonas no qual convivem várias etnias.
Enquanto nos índios que vivem em suas terras há elevadas porcentagens de menores de idade, algo atribuído às altas taxas de natalidade entre as mulheres das reservas, os que vivem nas cidades são majoritariamente jovens e adultos.
Segundo o Censo, o Brasil contava em 2010 com 305 etnias indígenas que falavam 274 línguas.
O número de etnias e línguas identificado supera o calculado pela Fundação Nacional do Índio, o que os autores do estudo atribuem a subdivisões que os próprios indígenas desconhecem.
"Isso demonstra a necessidade de estudos antropológicos e linguísticos mais profundos já que algumas línguas podem ser variações de outras e certas etnias podem ser subgrupos ou segmentos de outras", adverte o relatório.
O estudo mostrou igualmente que muitos índios deixaram de praticar suas línguas autóctones e só se alfabetizam em português.
Do total de índios com mais de cinco anos de idade, apenas 37,4% falava a língua de sua etnia.
Essa tendência é maior para os que vivem fora das terras indígenas, entre os quais somente 12,7% fala a língua de sua etnia e 87,3% não o fazia.
Do total de índios brasileiros, 17,5% não fala português.
Enquanto 32,3% dos índios com mais de 15 anos de idade que vivem em reservas sabe ler e escrever, a porcentagem de alfabetizados chega a 90,4% da população brasileira em geral.