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Centrais sindicais reúnem 40 mil em protestos no Paraná

Força Sindical reuniu nesta quarta-feira, 28, segundo estimativa da entidade, 40 mil trabalhadores de Curitiba, Região Metropolitana e de cidades do interior


	Protesto de centrais sindicais: ato foi contra as demissões em massa e as Medidas Provisórias 664 e 665
 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Protesto de centrais sindicais: ato foi contra as demissões em massa e as Medidas Provisórias 664 e 665 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 19h32.

Curitiba - A Força Sindical reuniu nesta quarta-feira, 28, segundo estimativa da entidade, 40 mil trabalhadores de Curitiba, Região Metropolitana e de cidades do interior, que protestaram no "Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos e dos Empregos".

O ato foi contra as demissões em massa e as Medidas Provisórias 664 e 665, promulgadas pelo governo no final de 2014, que limitam ou cortam direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores, segundo a central sindical.

No final da tarde, os manifestantes também fizeram passeatas e bloquearam trechos da rodovia BR-277, que liga o litoral ao interior do estado.

Também ocuparam a Praça Santos Andrade, na área central de Curitiba, para uma manifestação em frente ao INSS.

Pela manhã, ocorreram paralisações nas fábricas da Bosch, CNH, Volvo, WHB, Perfecta, Seccional, Aker Solutions, Maflow, Hass do Brasil, Volkswagen e Renault (São José dos Pinhais) e Brafer (Araucária).

No ano passado, foram demitidos cerca de 15 mil trabalhadores do setor e neste ano 270 da CNH-New Holland já foram dispensados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana, Sergio Butka, o governo federal precisa adotar medidas que respeitem os trabalhadores.

"Não podem simplesmente tirar os direitos dos trabalhadores, demitir. No Paraná, nós não vamos aceitar nenhuma demissão em massa".

Além disso, Butka ressaltou que as companhias tiveram lucros e não há justificativas para as demissões.

"As empresas tiveram os maiores lucros e eles podem ter agora até um lucro menor, mas em momento algum estão com prejuízos", reclamou.

Durante a tarde, o governo do estado recebeu os líderes de seis entidades sindicais e se comprometeu a adotar medidas para frear as demissões.

O Chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, disse que serão tomadas algumas atitudes.

"O estado vai intermediar essa situação que prejudica a todos", disse. Entre as medidas está uma reunião com empresas que recebem benefícios fiscais.

Além da geração de empregos, outras reivindicações se referiam às medidas provisórias 664 e 665, que alteram a concessão de benefícios como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego.

O diretor institucional do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, Paulo José Zanetti, disse que "a presidente (Dilma) prometeu que não tocaria nos direitos dos trabalhadores".

Segundo ele, "as medidas trazem prejuízos irrecuperáveis principalmente aos aposentados".

O protesto dos aposentados também foi motivado pelo reajuste de 6,23%, abaixo da inflação, na aposentadoria de quem recebe mais de um salário mínimo, enquanto o piso salarial teve acréscimo de 8,8%.

O Dia Nacional de Lutas é organizado por seis centrais sindicais - Central Única dos trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

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