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Centrais sindicais dão até terça para negociar correção do IR

Trabalhadores pleiteam a mudança da tabela pelo índice de inflação de 6,43%

O deputado Paulinho, da Força Sindical: "estamos preparando ações no Brasil inteiro" (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 13h28.

Brasília - O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulinho Pereira (PDT-SP), afirmou hoje (12) que as centrais sindicais vão acionar o governo na Justiça na próxima terça-feira (18) caso, até lá, não seja aberta negociação para corrigir a tabela de imposto de renda pelo índice de inflação de 6,43%.

“Estamos preparando ações no Brasil inteiro e na terça-feira a ideia é entrar na Justiça Federal nos estados com uma série de ações. Estamos propondo a correção pela inflação, se não corrigir isso é um confisco. Se não corrigir pela inflação, as pessoas que tiveram aumento de salário passam a pagar imposto de renda”, disse ao sair do Palácio do Planalto, onde conversou com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

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De acordo com as centrais, desde 1995, a tabela do IR acumula defasagem de cerca de 70%. Este percentual é referente à inflação do período não repassada à tabela de cobrança do imposto.

A correção da tabela é um dos três itens de reivindicados em uma carta protocolada para ser entregue a presidenta Dilma Rousseff. No documento, estão também os pedidos de 10% de aumento para os aposentados que recebem acima de um salário mínimo e o aumento do salário mínimo para R$ 580. O valor é maior do que os R$ 540 propostos pelo governo e aprovados pelo Congresso Nacional.

Em relação ao reajuste do salário mínimo, Paulinho Pereira afirma que é preciso encontrar uma solução para que os assalariados também ganhem com o crescimento do país já este ano. Sobre a regra vigente, construída em acordo com o governo, o presidente da Força Sindical afirmou que também estava acordado que ela fosse revista a cada quatro anos, prazo que vence agora.

O modelo atual de cálculo de reajuste do salário mínimo garante a correção anual pela inflação e tem também como base o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior ao envio da proposta orçamentária ao Congresso, que nesse caso seria o de 2009. No entanto, por causa dos efeitos da crise financeira internacional, o crescimento do PIB de 2009 foi praticamente nulo.

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