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Celso de Mello adverte para aliança de políticos e empreiteiros

Para o ministro do STF, as descobertas da Lava Jato "compõem um ousado painel da tentativa de captura por elementos comuns ao 'Petrolão' e 'Mensalão'"

Ministro: Celso de Mello alertou que a Lava Jato revela a ação de "um imoral sodalício com objetivos perversos e ilícitos" (STF/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de março de 2017 às 15h53.

São Paulo - Ao votar pelo recebimento da denúncia que coloca o senador Valdir Raupp (PMDB/RO) no banco dos réus da Operação Lava Jato, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), alertou para o que chamou de "profana aliança entre determinados setores do Poder Público, de um lado, e agentes empresariais, de outro".

Raupp virou réu da Lava Jato na sessão da última terça-feira, 7, da Segunda Turma do STF. Segundo a Procuradoria da República ele teria recebido R$ 500 mil da empreiteira Queiroz Galvão para sua campanha ao Senado em 2010.

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O dinheiro, supõem os investigadores, saiu do esquema de propinas que vigorou na Petrobras entre 2004 e 2014. Para a Procuradoria-Geral da República, Raupp recebeu propina disfarçada de doação eleitoral.

Em seu voto, Celso de Mello alertou que a Lava Jato revela a ação de "um imoral sodalício com o objetivo perverso e ilícito de cometer uma pluralidade de delitos gravemente vulneradores do ordenamento jurídico instituído pelo Estado brasileiro".

Na avaliação do decano da Corte, as descobertas da Lava Jato "compõem um vasto e ousado painel revelador do assalto e da tentativa de captura do Estado e de suas instituições por uma organização criminosa, identificável, em ambos os contextos, por elementos que são comuns tanto ao 'Petrolão' quanto ao 'Mensalão'."

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoOperação Lava JatoSupremo Tribunal Federal (STF)

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