Ceagesp abre nesta segunda com movimento abaixo do normal
Local ficou fechado na noite de sexta e na manhã do sábado para limpeza, após manifestação contra pagamento de taxa para estacionamento de carros e caminhões
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2014 às 12h57.
São Paulo - A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) funciona normalmente hoje (17), porém com movimento abaixo do normal, segundo a assessoria de imprensa. O local ficou fechado na noite de sexta-feira (14) e na manhã do sábado (15) para limpeza, após uma manifestação contra o início do pagamento de uma taxa para o estacionamento de carros e caminhões . Essa cobrança está suspensa por tempo indeterminado.
As cabines das portarias e os prédios do Departamento de Entrepostos e do Setor de Fiscalização, que foram incendiados pelos manifestantes, ainda apresentam marcas de destruição. Pela manhã, cacos de vidro estavam espalhados pelo chão. No asfalto, era possível ver as marcas deixadas nos locais onde um caminhão guincho e um carro da fiscalização do Ceagesp foram queimados.
Edson Almeida, motorista do caminhão incendiado, conta que o veículo pertencente à empresa Remocar não tinha seguro e sofreu perda total. “Fiquei com medo, passei apuros. Estou pensando em abandonar este serviço”, desabafa. Ele estava com três caminhões da empresa, mas só conseguiu salvar dois.
Segundo o comprador de frutas Francisco de Carvalho Borges, muitos compradores, com receio, decidiram usar outros entrepostos paulistas hoje, como o de Campinas e de São José dos Campos. Ele trabalha todos os dias no Ceagesp, desde 1987, e conta que nunca viu nada parecido com o quebra-quebra de sexta-feira.
Com a cobrança suspensa, uma nova manifestação que ocorreria hoje foi cancelada pelo Sindicato das Centrais de Abastecimento Atacadistas do Estado de São Paulo (Sincaesp).
De acordo com o presidente da entidade, José Luiz Batista, a categoria pede uma reestruturação do sistema de abastecimento no Ceagesp, que está há 20 anos sem melhorias. Para ele, a proposta deveria ser discutida com o sindicato.
Batista declarou que uma boa modernização justificaria uma cobrança do estacionamento. “Mas nós queremos discuti-la de uma forma que não traga prejuízos nem que isso seja repassado para o consumidor. E nós temos como fazer isso”, garantiu.
Os caminhoneiros dizem que a cobrança do estacionamento aumentaria o preço do frete e que esse valor seria incorporado ao preço final dos produtos. Batista explica que o Ceagesp, maior entreposto da América Latina, sofre com as filas de caminhões diariamente porque o local é mal dimensionado. As 43 ruas são direcionadas para 17 portarias, mas só metade dessas saídas funciona atualmente.
“Tem que abrir todas, e o monitoramento também é uma ferramenta importante”, disse. A movimentação é grande, pois o entreposto recebe mercadorias vindas de 14 países e as comercializa com todos os estados do país, destacou Batista.
Com relação à manifestação de sexta-feira, o presidente do Sincaesp reafirmou que houve um movimento orquestrado de origem desconhecida e que não havia nenhum permissionário envolvido na quebradeira.
“A nossa categoria é composta, na sua maioria, por produtores rurais, donos da nossa própria produção. A sexta-feira representa 30% de toda a comercialização da semana. De maneira nenhuma nós iríamos paralisar a sexta-feira”, declarou. “Somos totalmente contra isso [depredação] e somos o maior interessado na apuração de quem fez isso. Quando você destrói os nossos prédios, a nossa prefeitura, onde temos documentação queimada, isso nos traz prejuízos”, disse.
Em uma reunião nesta manhã, a Ceagesp vai contabilizar os prejuízos e documentos perdidos por causa do fogo. Batista acredita que o cadastro dos cartões magnéticos que seriam usados na cobrança do estacionamento e contratos que estavam no Departamento de Entrepostos da Capital tenham sido queimados.
São Paulo - A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) funciona normalmente hoje (17), porém com movimento abaixo do normal, segundo a assessoria de imprensa. O local ficou fechado na noite de sexta-feira (14) e na manhã do sábado (15) para limpeza, após uma manifestação contra o início do pagamento de uma taxa para o estacionamento de carros e caminhões . Essa cobrança está suspensa por tempo indeterminado.
As cabines das portarias e os prédios do Departamento de Entrepostos e do Setor de Fiscalização, que foram incendiados pelos manifestantes, ainda apresentam marcas de destruição. Pela manhã, cacos de vidro estavam espalhados pelo chão. No asfalto, era possível ver as marcas deixadas nos locais onde um caminhão guincho e um carro da fiscalização do Ceagesp foram queimados.
Edson Almeida, motorista do caminhão incendiado, conta que o veículo pertencente à empresa Remocar não tinha seguro e sofreu perda total. “Fiquei com medo, passei apuros. Estou pensando em abandonar este serviço”, desabafa. Ele estava com três caminhões da empresa, mas só conseguiu salvar dois.
Segundo o comprador de frutas Francisco de Carvalho Borges, muitos compradores, com receio, decidiram usar outros entrepostos paulistas hoje, como o de Campinas e de São José dos Campos. Ele trabalha todos os dias no Ceagesp, desde 1987, e conta que nunca viu nada parecido com o quebra-quebra de sexta-feira.
Com a cobrança suspensa, uma nova manifestação que ocorreria hoje foi cancelada pelo Sindicato das Centrais de Abastecimento Atacadistas do Estado de São Paulo (Sincaesp).
De acordo com o presidente da entidade, José Luiz Batista, a categoria pede uma reestruturação do sistema de abastecimento no Ceagesp, que está há 20 anos sem melhorias. Para ele, a proposta deveria ser discutida com o sindicato.
Batista declarou que uma boa modernização justificaria uma cobrança do estacionamento. “Mas nós queremos discuti-la de uma forma que não traga prejuízos nem que isso seja repassado para o consumidor. E nós temos como fazer isso”, garantiu.
Os caminhoneiros dizem que a cobrança do estacionamento aumentaria o preço do frete e que esse valor seria incorporado ao preço final dos produtos. Batista explica que o Ceagesp, maior entreposto da América Latina, sofre com as filas de caminhões diariamente porque o local é mal dimensionado. As 43 ruas são direcionadas para 17 portarias, mas só metade dessas saídas funciona atualmente.
“Tem que abrir todas, e o monitoramento também é uma ferramenta importante”, disse. A movimentação é grande, pois o entreposto recebe mercadorias vindas de 14 países e as comercializa com todos os estados do país, destacou Batista.
Com relação à manifestação de sexta-feira, o presidente do Sincaesp reafirmou que houve um movimento orquestrado de origem desconhecida e que não havia nenhum permissionário envolvido na quebradeira.
“A nossa categoria é composta, na sua maioria, por produtores rurais, donos da nossa própria produção. A sexta-feira representa 30% de toda a comercialização da semana. De maneira nenhuma nós iríamos paralisar a sexta-feira”, declarou. “Somos totalmente contra isso [depredação] e somos o maior interessado na apuração de quem fez isso. Quando você destrói os nossos prédios, a nossa prefeitura, onde temos documentação queimada, isso nos traz prejuízos”, disse.
Em uma reunião nesta manhã, a Ceagesp vai contabilizar os prejuízos e documentos perdidos por causa do fogo. Batista acredita que o cadastro dos cartões magnéticos que seriam usados na cobrança do estacionamento e contratos que estavam no Departamento de Entrepostos da Capital tenham sido queimados.