Exame Logo

CBF limita mandato de presidente e aumenta poder dos clubes

A confederação anunciou uma série de medidas para melhorar sua imagem, incluindo o limite de reeleição para o presidente e o aumento do poder dos clubes

Sede da CBF, no Rio de Janeiro: mudanças acontecem após a prisão do ex-presidente José Maria Marin por denúncias de irregularidades (REUTERS/Ricardo Moraes)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 16h32.

Rio de Janeiro - A Confederação Brasileira de Futebol ( CBF ) anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas na tentativa de melhorar sua imagem, incluindo o limite de uma reeleição para o presidente e o aumento do poder dos clubes na organização de competições, após a prisão do ex-presidente José Maria Marin por denúncias de irregularidades.

A limitação de reeleições entra em vigor de imediato, o que na prática significa que o atual presidente Marco Polo Del Nero poderá buscar só mais um mandato de quatro anos à frente da CBF, em 2019, estendendo sua permanência no poder no máximo até 2023, de acordo com a confederação.

As novas regulamentações, que incluem ainda a criação de comissões de ética e governança, foram aprovadas em assembleia geral extraordinária realizada na sede da entidade no Rio de Janeiro, com a participação dos presidentes das 27 federações estaduais filiadas à CBF.

As mudanças ocorrem semanas após a prisão do ex-presidente da CBF Marin, na Suíça, como parte de uma investigação dos Estados Unidos sobre corrupção no futebol mundial. Marin foi substituído no comando da entidade em abril por Del Nero, que era seu vice.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, as investigações incluem contrato de patrocínio da seleção brasileira com uma empresa norte-americana e a negociação dos direitos comerciais da competição de clubes Copa do Brasil.

"A CBF está tomando um caminho que deveria ter tomado há muito tempo. Acho que a transparência, tentar a transparência total, é um alívio interno e externo também", disse a repórteres o representante da Federação de Futebol do Espírito Santo, Marcus Vicente, um dos vices da CBF, após o encontro.

O antecessor de Marin, Ricardo Teixeira, que ficou no cargo de 1989 a 2012, também deixou o posto em meio a denúncias de irregularidades à frente da entidade.

Apesar da longa ligação com Marin, Del Nero não teve seu nome envolvido nas denúncias formalizadas pelas autoridades dos EUA e afirma não ter qualquer envolvimento com irregularidades.

Outra mudança aprovada foi o fim do veto da CBF às propostas dos clubes para a realização de competições, como regulamentos, preços de ingressos e outros assuntos.

"Acabou o veto da CBF, então os clubes passam a ter poder no conselho técnico. A CBF não tem mais veto na realização dos campeonatos", afirmou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto Neto.

A CBF também recomendou às federações que mudem seus estatutos para que haja um mandato de quatro anos e apenas uma reeleição nos Estados.

Veja também

Rio de Janeiro - A Confederação Brasileira de Futebol ( CBF ) anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas na tentativa de melhorar sua imagem, incluindo o limite de uma reeleição para o presidente e o aumento do poder dos clubes na organização de competições, após a prisão do ex-presidente José Maria Marin por denúncias de irregularidades.

A limitação de reeleições entra em vigor de imediato, o que na prática significa que o atual presidente Marco Polo Del Nero poderá buscar só mais um mandato de quatro anos à frente da CBF, em 2019, estendendo sua permanência no poder no máximo até 2023, de acordo com a confederação.

As novas regulamentações, que incluem ainda a criação de comissões de ética e governança, foram aprovadas em assembleia geral extraordinária realizada na sede da entidade no Rio de Janeiro, com a participação dos presidentes das 27 federações estaduais filiadas à CBF.

As mudanças ocorrem semanas após a prisão do ex-presidente da CBF Marin, na Suíça, como parte de uma investigação dos Estados Unidos sobre corrupção no futebol mundial. Marin foi substituído no comando da entidade em abril por Del Nero, que era seu vice.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, as investigações incluem contrato de patrocínio da seleção brasileira com uma empresa norte-americana e a negociação dos direitos comerciais da competição de clubes Copa do Brasil.

"A CBF está tomando um caminho que deveria ter tomado há muito tempo. Acho que a transparência, tentar a transparência total, é um alívio interno e externo também", disse a repórteres o representante da Federação de Futebol do Espírito Santo, Marcus Vicente, um dos vices da CBF, após o encontro.

O antecessor de Marin, Ricardo Teixeira, que ficou no cargo de 1989 a 2012, também deixou o posto em meio a denúncias de irregularidades à frente da entidade.

Apesar da longa ligação com Marin, Del Nero não teve seu nome envolvido nas denúncias formalizadas pelas autoridades dos EUA e afirma não ter qualquer envolvimento com irregularidades.

Outra mudança aprovada foi o fim do veto da CBF às propostas dos clubes para a realização de competições, como regulamentos, preços de ingressos e outros assuntos.

"Acabou o veto da CBF, então os clubes passam a ter poder no conselho técnico. A CBF não tem mais veto na realização dos campeonatos", afirmou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto Neto.

A CBF também recomendou às federações que mudem seus estatutos para que haja um mandato de quatro anos e apenas uma reeleição nos Estados.

Acompanhe tudo sobre:CBFCorrupçãoEscândalosEsportesFraudesFutebol

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame