Marun: Caso Marielle corrobora necessidade de "medidas extremas"
O ministro procurou mostrar otimismo de que em poucos dias o crime estará solucionado
Reuters
Publicado em 15 de março de 2018 às 17h32.
Última atualização em 15 de março de 2018 às 18h04.
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta quinta-feira que o assassinato da vereadora Marielle Franco ( PSOL ) no Rio de Janeiro confirma a necessidade da intervenção federal decretada pelo presidente Michel Temer na área de segurança pública daquele Estado.
"A morte da vereadora é só mais uma evidência de que estamos no caminho certo ao decretarmos a intervenção. É um crime bárbaro que atinge uma representante do povo. Isso prova que a intervenção é necessária", afirmou.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Marun disse que se o assassinato de Marielle, que ocorreu na noite de quarta-feira, tinha como objetivo tirar o governo do caminho da intervenção, isso não vai acontecer.
"Se esse assassinato tinha o objetivo de nos assustar e nos tirar do nosso rumo, esse bandido se enganou", disse Marun.
O ministro procurou mostrar otimismo de que em poucos dias o crime estará solucionado. Marun negou no entanto que o governo tenha informações sobre o envolvimento de milícias no assassinato de Marielle.
Mas o ministro afirmou que "não está afastada" a possibilidade de que a morte de Marielle esteja ligada com sua atuação parlamentar, o que "torna o crime mais horrendo ainda". Para ele, o assassinato corrobora a necessidade de "medidas extremas".
Nesta quinta-feira, depois de reunião no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer determinou que o ministro da Segurança Pública , Raul Jungmann, o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, e um representante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) fossem para o Rio de Janeiro acompanhar as investigações iniciais.
Estava prevista, inicialmente, a ida de Temer ao Rio de Janeiro no próximo domingo para uma visita ao Comando Militar do Leste, em uma forma de marcar um mês da intervenção federal do Rio. Auxiliares do presidente, no entanto, dizem que a viagem não está definida.