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Casa da Mulher será exemplo contra violência, diz Dilma

Segundo ela, além dos índices de violência serem fortes o índice de estupro "é muito expressivo" em Mato Grosso do Sul

Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 12h25.

São Paulo - No primeiro evento público oficial da presidente desde a posse para o segundo mandato, em 1º janeiro, a presidente Dilma Rousseff, disse nesta terça-feira, 3, na cerimônia de inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande (MS), que a violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul "é forte".

Segundo ela, além dos índices de violência serem fortes o índice de estupro "é muito expressivo" no estado.

"Tenho certeza que aqui vamos mostrar ao resto do Brasil que essa casa das mulheres será um exemplo pelo qual o Mato Grosso do Sul não será mais reconhecido como um lugar de violência e campeã de estupro e homicídios", afirmou.

No final do pronunciamento a presidente não falou sobre política e sequer citou qualquer tema polêmico atual, como a possível reformulação do conselho de administração da Petrobras e substituição da presidente e Graça Foster uma das pessoas de maior confiança de Dilma no governo.

Dilma cobrou todos que peguem "o touro à unha", conclamando as denúncias de agressão e aos agressores.

Na presença de autoridades dos três poderes, a presidente cobrou que seja viabilizado "o ataque conjunto de todos os órgãos responsáveis, de forma unificada, para garantir que o estado brasileiro tenha tolerância zero à violência da mulher".

A presidente afirmou que "infelizmente" os dados mostram que a maior parte da violência contra a mulher decorre de pessoas próximas a ela.

Na abertura do discurso a presidente afagou a ministra Carmem Lúcia, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), "uma das mulheres mais importantes do País", segundo ela e cobrou atitude de todos os "poderes da federação e da sociedade" na luta contra a violência. "Precisamos avançar em leis que criminalizem violência contra a mulher", afirmou.

Como sempre, Dilma citou ainda a participação das mulheres em vários programas do governo federal, como o Minha Casa, Minha Vida, com quase 90% dos donos dos imóveis do sexo feminino. Citou ainda que no Programa Nacional do Ensino Técnico (Pronatec) 58% dos alunos são mulheres.

"No Prouni 53% são mulheres e chega a 59% no Fies", disse. "Elas não se conformam em ser vitimas da violência. São mulheres que lutam e se lutam é dever do Estado garantir proteção a elas".

Desde que assumiu o segundo mandato, a agenda de Dilma ficou restrita a reuniões com ministros, políticos e poucos empresários, bem como duas viagens ao exterior: a primeira, dia 21 de janeiro, na posse do presidente da Bolívia, Evo Morales e a segunda, dia 28, para reunião da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), na Costa Rica.

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