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Carvalho nega ofensa ao comparar violência em SP à Palestina

O comentário reabriu o bate-boca entre os governos federal e estadual, com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) considerando que a comparação foi "infeliz"


	Gilberto Carvalho: "O meu interesse não era atacar um Estado ou um governo, era chamar atenção da sociedade brasileira", disse o ministro
 (ABr)

Gilberto Carvalho: "O meu interesse não era atacar um Estado ou um governo, era chamar atenção da sociedade brasileira", disse o ministro (ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 12h46.

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, negou nesta terça-feira que tenha pretendido atacar um "Estado ou um governo" ao comparar a violência em São Paulo ao conflito na Palestina.

Na semana passada, o ministro havia dito que "a gente estava alarmado com os mortos na Palestina e as estatísticas mostram que só na Grande São Paulo você tem mais gente perdida, assassinada, do que num ataque desses". O comentário reabriu o bate-boca entre os governos federal e estadual, com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) considerando que a comparação foi "infeliz" e não "merece comentário".

Ao participar na manhã desta terça-feira do evento 'Juventude negra, juventude viva: diálogos governo e sociedade civil', Carvalho retomou o assunto: "Esses dias eu fiz uma fala, que foi um pouco mal interpretada e mereceu até um editorial muito duro num jornal brasileiro, que chamava atenção para o fato de que nós ficamos muito assustados com as mortes que ocorrem no conflito Israel/Palestina, na Síria, e no entanto numa mesma noite, às vezes no Brasil, podemos e temos mais mortes do que nesses conflitos".

"O meu interesse não era atacar um Estado ou um governo, era chamar atenção da sociedade brasileira - e de nós do governo - da nossa responsabilidade perante esse fato. Os números da violência no Brasil contra a juventude não nos deveriam deixar dormir em paz. Não podemos aceitar (isso)", disse o ministro.

Carvalho destacou a concentração de mortes por homicídio entre jovens de 15 a 29 anos, especialmente da juventude negra e do sexo masculino. "Estamos cansados do massacre sofrido, particularmente pela juventude negra em muitos cantos do País. Essas pessoas têm nome, têm filhos, têm pais. Trata-se de uma questão nacional", afirmou.

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