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Carnavália e Sambacon querem profissionalizar carnaval

Com objetivo de profissionalizar os produtores e organizadores da festa, começam esse mês, a feira de negócios do carnaval e o Encontro Nacional do Samba

Desfile da Beija-Flor no carnaval 2015 do Rio de Janeiro: A ideia é juntar em um mesmo espaço todos os segmentos que trabalham com carnaval (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 09h44.

Apesar de o ano ainda estar na metade, os tamborins já começaram a ecoar no Rio de Janeiro, anunciando o próximo carnaval.

Com o objetivo de profissionalizar os produtores e organizadores dessa grande festa no país, começam no próximo dia 18, no Rio de Janeiro, a feira de negócios do carnaval (Carnavália) e o Encontro Nacional do Samba (Sambacon).

A ideia é juntar em um mesmo espaço todos os segmentos que trabalham com carnaval, “que vendem e compram para o carnaval”, destacou um dos idealizadores dos eventos, o especialista em carnaval Nei Barbosa, em entrevista à Agência Brasil.

Entre os temas abordados estão o marketing no carnaval, carnaval de rua e carnaval como gerador de negócios.

Nos três dias de duração da feira, a expectativa é movimentar mais de R$ 20 milhões em negócios, superando em 30% os R$ 14 milhões negociados no ano passado. O público esperado alcança 10 mil pessoas.

No Sambacon, haverá pela primeira vez um debate sobre o carnaval no mundo, que reunirá convidados do Japão, dos Estados Unidos, da Argentina e Inglaterra para mostrar como o carnaval é feito em seus países.

“Essa mesa é uma novidade. O que a gente quer é mostrar que o carnaval acontece no mundo inteiro de forma diferente”, explicou Nei Barbosa. Ele acrescenta que outra meta é fazer um intercâmbio entre os diversos tipos de carnaval que ocorrem no exterior e no Brasil.

O uso das novas tecnologias no desenvolvimento dos enredos será um dos temas debatidos no Sambacon.

Segundo ele, o Sambacon quer ressaltar que o carnaval é um grande gerador de negócios para o país, principalmente dentro da chamada economia criativa, que envolve também o setor do turismo.

“[Vamos discutir] o carnaval não só pela festa, mas pelas divisas que entram, pelo dinheiro que é gerado e que circula.”

De acordo com dados do Ministério do Turismo, somente os viajantes brasileiros movimentaram no carnaval deste ano aproximadamente R$ 6,6 bilhões. Segundo informações da Secretaria de Aviação Civil (SAC), 627 mil pessoas circularam por dia nos principais aeroportos do país durante o carnaval. A Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) informou que 977 mil turistas movimentaram US$ 782 milhões na capital fluminense durante as festas carnavalescas de 2015. O setor hoteleiro registrou média de ocupação de quase 90%, no período.

O Encontro Nacional do Samba contará com a participação dos carnavalescos Rosa Magalhães (São Clemente), Paulo Barros (Portela), Renato Lage (Salgueiro) e Cahê Rodrigues (Imperatriz Leopoldinense), que debaterão a evolução dos desfiles das escolas de samba e o uso de novas tecnologias no desenvolvimento dos enredos.

“A gente vai reunir os carnavalescos para fazer essa reflexão e ver até onde isso vai chegar”, disse Nei Barbosa. Um tema polêmico, de acordo com ele, envolve os enredos patrocinados, se essa é uma tendência boa para a escola e até onde vai a influência do patrocínio no enredo das agremiações.

Outra mesa-redonda discutirá o crescimento do carnaval de rua e os limites que a festa impõe.

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Apesar de o ano ainda estar na metade, os tamborins já começaram a ecoar no Rio de Janeiro, anunciando o próximo carnaval.

Com o objetivo de profissionalizar os produtores e organizadores dessa grande festa no país, começam no próximo dia 18, no Rio de Janeiro, a feira de negócios do carnaval (Carnavália) e o Encontro Nacional do Samba (Sambacon).

A ideia é juntar em um mesmo espaço todos os segmentos que trabalham com carnaval, “que vendem e compram para o carnaval”, destacou um dos idealizadores dos eventos, o especialista em carnaval Nei Barbosa, em entrevista à Agência Brasil.

Entre os temas abordados estão o marketing no carnaval, carnaval de rua e carnaval como gerador de negócios.

Nos três dias de duração da feira, a expectativa é movimentar mais de R$ 20 milhões em negócios, superando em 30% os R$ 14 milhões negociados no ano passado. O público esperado alcança 10 mil pessoas.

No Sambacon, haverá pela primeira vez um debate sobre o carnaval no mundo, que reunirá convidados do Japão, dos Estados Unidos, da Argentina e Inglaterra para mostrar como o carnaval é feito em seus países.

“Essa mesa é uma novidade. O que a gente quer é mostrar que o carnaval acontece no mundo inteiro de forma diferente”, explicou Nei Barbosa. Ele acrescenta que outra meta é fazer um intercâmbio entre os diversos tipos de carnaval que ocorrem no exterior e no Brasil.

O uso das novas tecnologias no desenvolvimento dos enredos será um dos temas debatidos no Sambacon.

Segundo ele, o Sambacon quer ressaltar que o carnaval é um grande gerador de negócios para o país, principalmente dentro da chamada economia criativa, que envolve também o setor do turismo.

“[Vamos discutir] o carnaval não só pela festa, mas pelas divisas que entram, pelo dinheiro que é gerado e que circula.”

De acordo com dados do Ministério do Turismo, somente os viajantes brasileiros movimentaram no carnaval deste ano aproximadamente R$ 6,6 bilhões. Segundo informações da Secretaria de Aviação Civil (SAC), 627 mil pessoas circularam por dia nos principais aeroportos do país durante o carnaval. A Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) informou que 977 mil turistas movimentaram US$ 782 milhões na capital fluminense durante as festas carnavalescas de 2015. O setor hoteleiro registrou média de ocupação de quase 90%, no período.

O Encontro Nacional do Samba contará com a participação dos carnavalescos Rosa Magalhães (São Clemente), Paulo Barros (Portela), Renato Lage (Salgueiro) e Cahê Rodrigues (Imperatriz Leopoldinense), que debaterão a evolução dos desfiles das escolas de samba e o uso de novas tecnologias no desenvolvimento dos enredos.

“A gente vai reunir os carnavalescos para fazer essa reflexão e ver até onde isso vai chegar”, disse Nei Barbosa. Um tema polêmico, de acordo com ele, envolve os enredos patrocinados, se essa é uma tendência boa para a escola e até onde vai a influência do patrocínio no enredo das agremiações.

Outra mesa-redonda discutirá o crescimento do carnaval de rua e os limites que a festa impõe.

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