Brasil

Carga tributária é nociva para a competitividade, diz Aécio

Candidato criticou o atual governo de não se preocupar com a carga tributária cobrada do setor privado

Aécio Neves participa de sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Aécio Neves participa de sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 14h05.

Brasília - O candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) disse hoje (30) a empresários que é preciso recuperar a credibilidade do país e retomar o crescimento da economia.

O candidato, que ocupa o segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, criticou o atual governo de não se preocupar com a carga tributária cobrada do setor privado que, segundo ele, “é um dos problemas mais nocivos para a competitividade”.

“Viemos, ao longo dos últimos anos, aprendendo, infelizmente, a conviver com o que poderíamos chamar de truques contábeis que minaram o que é fundamental para o crescimento do país, que é a credibilidade. Essa é uma palavra hoje em falta no Brasil. Se tivermos um ambiente externo que ajudou por alguns anos, tivemos atitude interna que nos levaram a um crescimento da inflação que já estoura o teto da meta. Para a economia, a previsibilidade é fundamental”, criticou.

O candidato tucano reconheceu que algumas estratégias adotadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudaram a alavancar a economia, mas atribuiu parte dos resultados à herança da gestão de Fernando Henrique Cardoso e também ao cenário internacional, diante da crise que afetou várias economias, que contribuiu para o crescimento do Brasil. Segundo ele, o país está passando por um processo de desindustrialização que não é “normal”.

“Todos sabemos e acompanhamos as consequências da crise internacional, mas os resultados pífios da economia brasileira são obras de brasileiros, consequência de decisões erradas do atual governo. Teremos o pior crescimento da América do Sul e o segundo pior da América Latina. Vamos crescer quase 2,5% a menos que o que crescerá a América Latina”, disse.

Ao criticar a falta de investimento em infraestrutura, Aécio também fez críticas às atuais políticas de saúde, educação e segurança pública. “Há uma omissão criminosa na condução da Política Nacional de Segurança Pública. O controle de drogas e tráfico de armas são [responsabilidades] da União que vem atuando de forma inexpressiva”, disse, ao se referir tanto às medidas quanto ao orçamento destinado para o setor.

Na abertura da sabatina, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ex-governador de Minas Gerais garantiu que muitas demandas do setor privado estão contempladas nas diretrizes de sua candidatura. A CNI apresentou 42 propostas aos presidenciáveis sobre dez áreas prioritárias para o setor para garantir a competitividade à indústria brasileira, como a redução do Custo Brasil e o aperfeiçoamento da política de concessões em infraestrutura.

“Não sou o candidato apenas de um partido, ou de uma coligação, sou candidato do sentimento profundo de mudança que hoje permeia toda a sociedade brasileira. Não tenho dúvidas em relação à dimensão dos desafios que teremos à frente. Me preparei e me reuni ao longo dos últimos anos com as mais importantes lideranças da vida nacional, da economia, da indústria, agentes públicos, e da sociedade civil para governar o Brasil inaugurando um novo tempo”.

Além de Aécio, foi sabatinado mais cedo Eduardo Campos (PSB). A candidata Dilma Rousseff (PT) participará da sabatina mais tarde.

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