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Cardozo nega interferência governista na lista de Janot

“Quero manifestar meu claro e indignado repúdio de que tenhamos agido no que é competência exclusiva da Procuradoria-Geral da República", disse


	O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: "se no passado algum governo fez isso, este governo não faz”, disse
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: "se no passado algum governo fez isso, este governo não faz”, disse (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 08h12.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, manifestou hoje (5) “repúdio a manifestações de parlamentares da oposição” sobre suposta interferência do governo na lista de nomes citados na Operação Lava Jato.

“Quero manifestar meu claro e indignado repúdio de que tenhamos agido no que é competência exclusiva da Procuradoria-Geral da República. Se no passado algum governo fez isso, este governo não faz”.

O ministro não citou nomes de parlamentares da oposição. Apenas disse, mais de uma vez, que o governo não tem interferido no trabalho do procurador-geral, Rodrigo Janot.

A lista com os nomes de 54 pessoas - nem todos, porém, com foro privilegiado - foi entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavaski, na última terça-feira (3). São 28 pedidos de abertura de inquérito, além de sete pedidos de arquivamento.

Os nomes ainda não foram divulgados, mas Zavaski pode optar pela quebra do sigilo. No Congresso, a lista provoca manifestações de todos os lados.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse ontem (4) que a decisão sobre a divulgação dos nomes da lista caberá ao Supremo, mas defendeu que não haja “vazamentos seletivos”, e que as pessoas incluídas na lista de Janot não sejam condenadas previamente.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), acusou o governo de tentar “apagar a luz para que todos fiquem no escuro” e, assim, “confundir a opinião pública” em relação aos resultados da Operação Lava Jato.

Cunha Lima disse, porém, que o PSDB não “passará a mão na cabeça” se alguém de seus quadros estiver entre os citados.

“Nós não vamos passar a mão na cabeça de quem quer que seja. Nós confiamos em todos os militantes do nosso partido, em todos os filiados, nas lideranças do partido, mas o partido sempre defendeu os valores maiores da ética, da correição e da própria democracia.

Nós não faremos como partidos outros, que passam a mão na cabeça e protegem aqueles que já foram condenados por prática de corrupção.

O PSDB quer o Brasil melhor, quer as mudanças de que o Brasil precisa, e vai agir com coerência, como vem fazendo nos episódios pretéritos”, afirmou o senador paraibano.

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