Brasil

Cardozo não descarta ato planejado sobre Bolsa Família

Cardozo disse não ser possível tipificar crime que houve, o que ocorrerá após identificado o que motivou a situação, mas garantiu que punirá responsáveis


	"Garanto, a partir do momento em que conseguirmos identificar os responsáveis por isso, independente de quem seja, nós faremos a lei agir", ressaltou Cardozo
 (Marcelo Camargo/ABr)

"Garanto, a partir do momento em que conseguirmos identificar os responsáveis por isso, independente de quem seja, nós faremos a lei agir", ressaltou Cardozo (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 15h08.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou nesta terça-feira, 21, que uma das hipóteses com a qual a Polícia Federal trabalha nas investigações dos boatos sobre o fim do Bolsa Família é de um ato planejado.

"Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em vários pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente.", afirmou após a cerimônia em que assinou atos com o governo e prefeituras de Goiás do Programa "Crack, é possível vencer".

Cardozo disse não ser possível tipificar o crime que houve, o que ocorrerá apenas após identificado o que motivou a situação. Ele garantiu, porém, que punirá os responsáveis, assim que identificados. "Garanto, a partir do momento em que conseguirmos identificar os responsáveis por isso, independente de quem seja, nós faremos a lei agir", ressaltou.

Um dia depois de a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, acusar a oposição de espalhar os boatos, o ministro da Justiça disse que seria leviano afirmar que a motivação para o ato foi política. "As pessoas podem ter suas teses, suas impressões, mas o ministro da Justiça tem que fazer que a Polícia Federal conduza com absoluta imparcialidade e republicanismo a investigação."

Embora não tenha adiantado dados sobre as investigações da PF, para as quais se negou também a dar um prazo de término - a legislação determina 30 dias, prorrogáveis - o ministro concordou que a quantidade de Estados atingidos pelo falso rumor gera um alerta. "Não é um delito fácil de ser investigado por força da atuação difusa em todo o território nacional. Isso chama a atenção. Não podemos afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração desse boato."

Acompanhe tudo sobre:BenefíciosCrimecrime-no-brasilLegislaçãoPolícia FederalSalários

Mais de Brasil

Acidente da Tam: maior tragédia da aviação brasileira completa 17 anos

Ministro da Defesa busca recursos para Forças Armadas, enquanto governo discute bloqueio de gastos

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Mais na Exame