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Cardozo lamenta adiamento de julgamento sobre posse de Lula

Com o adiamento, a Corte pode não julgar a situação do ex-presidente antes da definição do Senado sobre um eventual afastamento da presidente

Lula: "Para o governo, é uma pena, porque a presença do presidente Lula é de grande importância" (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 19h55.

Brasília - O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quarta-feira, 20, que "acha uma pena" o adiamento do julgamento sobre a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ), e que a demora não ajuda na resolução da crise para o governo.

"Acho que o problema está dado no momento em que a nomeação foi sustada, a meu ver sem razão jurídica para isso. Nós gostaríamos muito que isso tivesse sido julgado antes. Para o governo, é uma pena, porque a presença do presidente Lula é de grande importância", afirmou após deixar o plenário do STF.

Com o adiamento, a Corte pode não julgar a situação do ex-presidente antes da definição do Senado sobre um eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff em razão do avanço do processo de impeachment da petista no Congresso.

A definição por parte dos senadores sobre a instauração do processo de impedimento da presidente, que pode afastá-la do cargo, deve ocorrer em maio.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, se disse surpreso, mas resignado com a decisão do STF.

"O Supremo é que tem de decidir o momento certo. O adiamento não é prejudicial para ele (Lula). Essa análise é a presidente (Dilma) quem tem que fazer", disse.

O advogado voltou a negar que a nomeação do ex-presidente tenha tido o objetivo de retirar as investigações na Lava Jato contra ele da incumbência do juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Zanin, no entanto, evitou falar em "excesso de calma" do Supremo em analisar o caso.

O adiamento foi solicitado pelo ministro Teori Zavascki, que argumentou ser relator de duas ações que também questionam a posse do ex-presidente na Casa Civil.

Na sessão da tarde desta quarta, só estavam em pauta dois mandados de segurança sobre o tema de relatoria do ministro Gilmar Mendes. A defesa de Lula pleiteou no Supremo que Teori assumisse a relatoria de todas as ações.

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Brasília - O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quarta-feira, 20, que "acha uma pena" o adiamento do julgamento sobre a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ), e que a demora não ajuda na resolução da crise para o governo.

"Acho que o problema está dado no momento em que a nomeação foi sustada, a meu ver sem razão jurídica para isso. Nós gostaríamos muito que isso tivesse sido julgado antes. Para o governo, é uma pena, porque a presença do presidente Lula é de grande importância", afirmou após deixar o plenário do STF.

Com o adiamento, a Corte pode não julgar a situação do ex-presidente antes da definição do Senado sobre um eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff em razão do avanço do processo de impeachment da petista no Congresso.

A definição por parte dos senadores sobre a instauração do processo de impedimento da presidente, que pode afastá-la do cargo, deve ocorrer em maio.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, se disse surpreso, mas resignado com a decisão do STF.

"O Supremo é que tem de decidir o momento certo. O adiamento não é prejudicial para ele (Lula). Essa análise é a presidente (Dilma) quem tem que fazer", disse.

O advogado voltou a negar que a nomeação do ex-presidente tenha tido o objetivo de retirar as investigações na Lava Jato contra ele da incumbência do juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Zanin, no entanto, evitou falar em "excesso de calma" do Supremo em analisar o caso.

O adiamento foi solicitado pelo ministro Teori Zavascki, que argumentou ser relator de duas ações que também questionam a posse do ex-presidente na Casa Civil.

Na sessão da tarde desta quarta, só estavam em pauta dois mandados de segurança sobre o tema de relatoria do ministro Gilmar Mendes. A defesa de Lula pleiteou no Supremo que Teori assumisse a relatoria de todas as ações.

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