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Cantareira mantém 11,7% de sua capacidade

Há dois dias não chove na região do sistema

Sistema Cantareira: nenhum milímetro de chuva foi registrado pela Sabesp nas últimas 48 horas (Fernando Carvalho/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 10h54.

São Paulo - Há dois dias sem chover sobre a região, o Sistema Cantareira, principal manancial de São Paulo , se manteve estável nesta terça-feira, 3, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ). Apesar de também registrar baixa pluviometria, o volume armazenado de água subiu em outros três sistemas.

Responsável por abastecer 6,5 milhões de pessoas, o Cantareira permanece com 11,7% da sua capacidade - mesmo índice do dia anterior. Nenhum milímetro de chuva foi registrado pela Sabesp nas últimas 48 horas.

Na soma dos três primeiros dias, foram apenas 2,1 milímetros. Proporcionalmente, o número representa 12,2% do volume esperado, caso a média histórica de março, de 5,7 milímetros por dia, estivesse se repetindo.

Há mais de um mês, no entanto, os reservatórios que compõem o sistema não registram queda. A última aconteceu no dia 1º de fevereiro, quando o nível do Cantareira desceu 0,1 ponto porcentual, de 5,1% para 5% - já considerando duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros e 105 bilhões, adicionadas no ano passado.

Comparado ao primeiro dia do ano, quando estava com 7,2% da capacidade, o volume de água represada cresceu 4,5 pontos porcentuais.

Outros mananciais

O nível dos Sistemas Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Claro registraram aumento nesta terça-feira. Já o volume armazenado de água no Alto Cotia e no Rio Grande se manteve estável.

Nenhum dos seis mananciais teve chuva significativa. O único em que houve algum acúmulo de água pluvial foi no Alto Tietê, com 0,1 mm.

Em termos proporcionais, a maior alto foi do Guarapiranga, que subiu 0,5 ponto porcentual.

O reservatório, que atende 4,9 milhões de pessoas, opera com 62,8% da capacidade, ante 62,3% no dia anterior.

Já o Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de habitantes, subiu 0,1 ponto porcentual, passando de 18,8% para 18,9%, e chegou à terceira alta consecutiva.

O atual cálculo da Sabesp para a capacidade do manancial leva em conta 39,4 bilhões de litros do volume morto. Mesmo aumento sofreu o Rio Claro, que subiu de 38,3% para 38,4%.

Assim como o Cantareira, os Sistemas Rio Grande e Alto Cotia, que juntos atendem 1,6 milhão de pessoas, permaneceram com o mesmo volume do dia anterior.

Enquanto o primeiro está com 85,7% da capacidade, o segundo continua com 40,9%.

Veja também

São Paulo – As chuvas já ficaram mais frequentes em São Paulo neste mês de novembro. Mesmo assim, dados da Sabesp mostram que o nível de água nos reservatórios que atendem a região metropolitana continua preocupante. Na sexta-feira, o Sistema Alto Tietê chegou a 4,2% de sua capacidade. O Cantareira atingiu 7,5%. Mesmo com a economia dos consumidores, a situação permanece crítica. Parte da explicação pode estar em números do governo federal. Em relatórios elaborados nos últimos anos, a Agência Nacional de Águas (ANA) constatou que o Brasil tem bastante capacidade de armazenamento de água. Porém, a maior parte de nossos recursos está na região amazônica, onde há poucos habitantes. Já em 2010, um documento da ANA previa que, até 2015, 55% dos municípios do país poderiam ter abastecimento deficitário. Veja nos slides acima esses e outros números que mostram o quadro do abastecimento de água no Brasil e evidenciam que esse deve ser um problema presente em nosso cotidiano nos próximos anos.
  • 2. Cidades que desperdiçam

    2 /2(Marcos Santos/ USP Imagens)

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