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Candidatos discursam na sessão para eleger o presidente da Câmara

Na votação, vencerá o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos dos deputados em primeiro turno

Câmara dos Deputados: processo eleitoral é secreto e pode ser iniciado com quórum mínimo de 257 deputados (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara dos Deputados: processo eleitoral é secreto e pode ser iniciado com quórum mínimo de 257 deputados (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 12h56.

A Câmara dos Deputados iniciou há pouco a eleição para os cargos da Mesa Diretora. Estão em disputa, além da presidência da Casa, os cargos de primeiro e segundo vice-presidentes; primeira, segunda, terceira e quarta secretarias. Estão 415 deputados na Casa.

Para a presidência, vencerá o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos em primeiro turno. Caso o candidato mais votado não obtenha a maioria, ser á realizado segundo turno e ganhará aquele mais votado. O processo eleitoral é secreto e pode ser iniciado com quórum mínimo de 257 deputados.

Concorrem à presidência seis candidatos. Além do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também disputam o cargo Jovair Arantes (PTB-GO); Luiza Erundina (Psol-SP); Júlio Delgado (PSB-MG); Andre Figueiredo (PDT-CE) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O líder do PSD, Rogério Rosso (PSD-DF), que foi um dos primeiros a anunciar a candidatura, desistiu.

Antes da eleição, cada candidato fará um discurso de dez minutos para defender sua candidatura. O primeiro foi Rodrigo Maia, seguido por Bolsonaro, Jovair Arantes, Júlio Delgado, André Figueiredo e Luiza Erundina.

Cargos na Mesa

A sessão para a escolha da nova Mesa Diretora foi marcada por uma controvérsia envolvendo a definição dos demais cargos da Mesa Diretora. Diversos parlamentares questionaram um acordo envolvendo parte dos líderes partidários. Pelo acordo, as vagas da Mesa ficaram para os partidos do bloco de apoio ao atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), formado pelo PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTN, PPS, PHS, PV, PTdoB.

Os demais blocos, incluindo a oposição, ficaram sem representação na Mesa, ocupando apenas vagas na suplência. O líder do PT, Carlos Zaratini (SP) protocolou uma questão de ordem a respeito. No pedido, reivindicou o direito de o bloco da Minoria ocupar uma vaga na Mesa. "O suplente sequer participa da reunião da Mesa. A Minoria está sendo excluída", alegou.

O pedido foi indeferido pelo primeiro secretário da Mesa, Beto Mansur (PRB-SP), que preside a sessão. A Mesa indeferiu ainda o registro de candidaturas avulsas para os cargos da Mesa. A decisão causou confusão, uma vez que diversos candidatos haviam registrado suas candidaturas. De acordo com Mansur, as candidaturas também desrespeitaram o acordo firmado entre líderes, em reunião realizada na tarde de ontem (1º).

Na reunião, ficou decidido que as candidaturas só poderiam ser de integrantes do mesmo partido do bloco ao qual o cargo foi destinado. "O bloco do PMDB fez acordo com os líderes dos partidos integrantes do bloco, segundo o qual os candidatos deveriam ser do mesmo partido ao qual estava destinado o cargo", afirmou. Segundo ele, apenas os blocos que não fizeram esse tipo de acordo estão liberados para ter candidatos de outros partidos.

Foram indeferidas as candidaturas de Sílvio Costa (PTdoB-PE), para a primeira vice-presidência, destinada ao PMDB; de Valtenir Pereira (PMDB-MT), Kaio Maniçoba (PMDB-PE) e Jaime Martins (PSD-MG) para a primeira secretaria e de Daniel Vilela (PMDB-GO) para a quarta secretaria.

Quem também teve a candidatura impugnada foi o deputado Takayama (PSC-PR), com o argumento de que o seu partido não tem número suficiente de parlamentares para ocupar um cargo na Mesa Diretora.

Dona Marisa Letícia

Antes da votação, os deputados fizeram um minuto de silêncio pela morte da ex-primeira-dama da República, Marisa Letícia Lula da Silva. Dona Marisa faleceu na manhã desta quinta-feira (2), aos 66 anos, depois de uma piora no seu quadro clínico no início da noite desta quarta-feira (1). Ela estava internada desde o dia 24 de janeiro depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC).

A família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com que Marisa foi casada por 43 anos, autorizou a doação de órgãos, segundo mensagem em rede social publicada na página do ex-presidente.

"A família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia Lula da Silva. A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos", disse a mensagem.

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