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Candidato de Bolsonaro que destruiu placa de Marielle é eleito deputado

Candidato a deputado estadual no Rio Rodrigo Amorim (PSL) já tem quase 100 mil votos

Os candidatos Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual)  destruíram uma placa que homenageava a vereadora do PSOL Marielle Franco (Reprodução Instagram/Reprodução)

Os candidatos Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual) destruíram uma placa que homenageava a vereadora do PSOL Marielle Franco (Reprodução Instagram/Reprodução)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 20h54.

O candidato a deputado estadual no Rio Rodrigo Amorim (PSL), que quebrou uma placa de homenagem a Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 14 de março, foi eleito. Ele já tem quase 100 mil votos.

Amorim deve ser o candidato à Assembleia Legislativa do Rio mais votado no Estado. Até as 20h15, com 81% da apuração realizada pela Justiça Eleitoral, Amorim já ostentava 98 mil votos.

Rodrigo Amorim postou foto no Facebook após destruir uma homenagem a Marielle.

Ele contou na postagem que, com o candidato a deputado federal Daniel Silveira, do mesmo partido, quebrou ao meio uma placa de nome de rua onde se lia Rua Marielle Franco. Aliados da vereadora assassinada tinham colocado a inscrição em uma das esquinas da Praça Floriano, na Cinelândia, onde fica a sede da Câmara Municipal.

No texto, Amorim afirmou que, em uma suposta "depredação do patrimônio público, (aliados de Marielle) removeram ilegalmente" a placa com o nome original, "colando uma placa fake (falsa) com os dizeres 'Rua Marielle Franco' em cima da placa original". O candidato continua: "Cumprindo nosso dever cívico, removemos a depredação e restauramos a placa em homenagem ao grande marechal". E conclui: "Preparem-se, esquerdopatas: no que depender de nós, seus dias estão contados".

Na publicação, Amorim defende a punição a quem houver assassinato Marielle, e reclama que a esquerda se calou diante da morte de outras pessoas e da facada desferida contra Bolsonaro.

"É respeitável que o Jair, meu colega na Câmara, não tenha manifestado pesar quando Marielle morreu, como nós prontamente fizemos quando um criminoso o esfaqueou. Cada um reage como é do seu jeito, e não há nenhum problema nisso", afirmou o deputado federal e candidato a senador Chico Alencar (PSOL). "Mas destruir uma homenagem a uma vereadora assassinada e se gabar disso é barbárie, é inacreditável", continuou.

O deputado estadual e candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL) defendeu os correligionários que destruíram a placa. Flavio Bolsonaro estava em primeiro lugar na disputa para a Casa Legislativa às 20h15.

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