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Campos e Marina atacam PSDB e PT de olho no 2º turno

Campos, que se apresenta como uma terceira via que pretende vencer a polarização PT-PSDB ocorrida nas últimas campanhas, fez críticas ao governo Dilma

Marina Silva e Eduardo Campos na convenção nacional do PSB (Divulgação/PSB)
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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2014 às 10h48.

Brasília - Aclamado ontem pela convenção do PSB candidato a presidente da República, com a ex-ministra Marina Silva na vice, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos atacou os governos do PSDB e do PT "pelo que não fizeram nos últimos 20 anos".

As mais duras críticas, porém, foram direcionadas ao também candidato à Presidência, o tucano Aécio Neves, de quem resolveu se distanciar nos últimos meses com a avaliação de que poderá disputar com ele uma vaga em eventual segundo turno da eleição.

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"Conosco vai acabar essa história de suga-suga", disse Campos, numa referência à sugestão feita por Aécio aos partidos aliados à presidente Dilma Rousseff, na semana passada.

O tucano disse que as legendas podiam sugar o quanto pudessem do governo nas negociações por mais ministérios em troca de tempo na TV para depois se aliarem a ele. "E tem gente que acha isso bonito, bem bonito", disse o candidato do PSB, numa crítica ao adversário. "O povo é cumpridor de seus deveres e exige respeito à sua luta", afirmou.

Campos, que se apresenta como uma terceira via que pretende vencer a polarização PT-PSDB ocorrida nas últimas campanhas, fez críticas ao governo Dilma.

"Vamos salvar os municípios brasileiros da quebradeira que Dilma causou a eles. Os municípios estão de joelhos mendigando em Brasília favores e migalhas que não chegam."

O ex-governador prometeu ainda fazer uma reforma tributária no primeiro ano de mandato, recuperar a indústria brasileira e salvar a Petrobrás e o setor elétrico do País. "Vamos retomar o crescimento sustentável da economia brasileira, jogar a inflação para baixo e o crescimento para cima", afirmou.

Mesmo com alianças do PSB nos Estados firmadas com PSDB (São Paulo) e PT (Rio), Campos disse que os dois partidos - no poder no plano nacional desde 1995, primeiro com Fernando Henrique Cardoso, e depois com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma - não podem continuar a governar o País e têm de dar lugar às forças políticas renovadoras que, segundo ele, são representadas por sua chapa.

Renovação. "É preciso romper a velha lógica dominante dos que se revezam no poder no Brasil ao longo desses 20 anos. Tentam (PT e PSDB) convencer o povo de que agora vão fazer diferente.

Mas já perderam a energia renovadora, porque se deixaram dominar pelo cerco das velhas elites, das práticas mofadas, que não servem para mudar o que as ruas pedem." Segundo Campos, tanto PT quanto PSDB passam o tempo todo olhando para trás, querendo provar que fez mais do que o outro. "Quem quer andar de um novo jeito, rumo a um Brasil mais justo, não pode ficar olhando para trás, não pode ser a eleição a disputa do passado com o passado."

O candidato voltou a dizer que não vai acabar com programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Afirmou que quem diz isso faz política "rasteira e do medo".

"No nosso governo nós vamos é acabar com a corrupção. Nós vamos manter o ProUni, o Minha Casa Minha Vida, manter a estabilidade da moeda, a democracia, que é uma conquista do povo." Com o slogan "Eu já fiz e vou fazer", Campos ressaltou os resultados positivos dos 7 anos e três meses que foi governador de Pernambuco, especialmente no combate à criminalidade.

A coligação que dá apoio a Campos tem, além do PSB, PPS, PRP, PPL e PHS. Juntos, os partidos deverão garantir cerca de dois minutos para a propaganda política do pessebista na TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

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