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Campos admite que PSB discute alterações em estatuto

Pernambucano salientou que tem uma posição "de respeito a um documento histórico do partido", feito em 1947, e que a questão é "forçada de barra"


	Eduardo Campos: ele voltou a declarar que, nos debates eleitorais, vão ficar "muito claras" as diferenças entre ele e o presidenciável do PSDB, Aécio Neves
 (Antonio Cruz/ABr)

Eduardo Campos: ele voltou a declarar que, nos debates eleitorais, vão ficar "muito claras" as diferenças entre ele e o presidenciável do PSDB, Aécio Neves (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 17h06.

Belo Horizonte - O provável candidato do PSB à Presidência, o ex-governador Eduardo Campos (PE), assumiu nesta segunda-feira a possibilidade de o PSB fazer um debate para alteração do estatuto do partido, que defende ideário socialista com restrições à propriedade privada dos meios de produção.

"O partido já estava fazendo, a nosso pedido, um debate sobre a reforma do estatuto. Estamos preparando um programa de governo que tem claros compromissos com a ordem econômica que está aí, com a estabilização da economia", disse Campos.

Mas o pernambucano, que preside o PSB, salientou que tem uma posição "de respeito a um documento histórico do partido", feito em 1947, e que a questão é "forçada de barra".

"A história e a vida do nosso partido falam por si só. Nossas posições sobre essa matéria já estão claramente colocadas nos programas que apresentamos para o Brasil, na nossa posição na Assembleia Nacional Constituinte, nas nossas posições no Congresso Nacional", concluiu. 

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o coordenador da campanha de Campos, Alon Feuerwerker, teria enviado um e-mail questionando a possibilidade de alterar os trechos que estão sendo usados em ataques ao partido na internet.

Em série de eventos em Belo Horizonte, Campos voltou a declarar que, nos debates eleitorais que vão preceder o pleito de outubro, vão ficar "muito claras" as diferenças entre el e e o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Mas afirmou que vai mostrar os pontos que os distinguem com "respeito", tanto ao tucano quanto à principal adversária dos dois nas eleições, a presidente Dilma Rousseff.

"Somos de partidos diferentes, tempos posições diferentes sobre uma série de temas e acho que democraticamente vamos explicitar isso ao longo do debate", disse, referindo-se a Aécio.

"À medida que a gente possa discutir o programa, as questões que nos diferenciam vão ficar muito claras. Que nos diferenciam do Aécio e da Dilma. Mas vamos fazer esse debate com muito respeito com a presidente Dilma, com o Aécio. O debate é no campo das ideias", acrescentou o socialista.

No domingo, ele já havia se posicionado contrário a propostas de Aécio, segundo o qual o tucano e o socialista estarão juntos a partir de 2015.

Campos participou na manhã de hoje de cerimônia na Câmara de Belo Horizonte para receber título de cidadão honorário da capital de Minas, principal reduto eleitoral de Aécio e terra natal de Dilma.

O plenário da Casa, com a imagem do pernambucano no telão, foi transformado em palanque para o ex-governador e o vereador Wendel Mesquita (PSB), que propôs a homenagem a Campos e deve se lançar candidato a deputado federal.

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