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Campo Grande registra 700 suspeitas de dengue por dia

Último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que nas duas primeiras semanas de janeiro, 6.967 casos foram notificados

Mosquito da dengue: nove cidades sul-mato-grossenses contabilizam mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes, incidência considerada alta (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 17h27.

Brasília e Rio de Janeiro – O número de casos suspeitos de dengue em Campo Grande (MS) pode colocar a capital em estado de emergência. O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que nas duas primeiras semanas de janeiro, 6.967 casos foram notificados. Desses, 5.654 só em Campo Grande, que já tem registrado mais de 700 suspeitas por dia, conforme a secretaria. Ao todo, nove cidades sul-mato-grossenses contabilizam mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes, incidência considerada alta.

A situação no Espírito Santo também preocupa. Em Vitória, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a maioria dos focos do mosquito transmissor da doença está dentro das casas dos moradores. Esta semana começaram as ações de vistoria desses imóveis por agentes de saúde. Os moradores recebem ajuda para eliminar recipientes descartáveis que possam servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.

Os agentes também trabalham na cobertura com tela de caixas d’água e ralos e no tratamento com larvicida de vasos de plantas, calhas, tanques e lajes. Na comparação da primeira para a segunda semana de janeiro, o número de registros suspeitos quase dobrou. Nesse período, em todo estado, foram 1.614 casos suspeitos e 35 notificações da forma grave (dengue com complicação ou hemorrágica).

Na cidade do Rio de Janeiro, agentes de saúde entraram em três imóveis fechados na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, em busca de focos do mosquito. Foi a primeira vistoria compulsória do ano.

Segundo a prefeitura, vizinhos denunciaram a existência de focos nas casas. Os donos dos imóveis já haviam sido notificados três vezes, mas não responderam ao órgão.


O subsecretário de Atenção Primária, Vigilância e Promoção de Saúde, Daniel Soranz, disse que os locais tinham grandes focos em piscina e em uma cisterna. “A caixa d’água estava toda aberta com acúmulo intenso de água e muitos focos do mosquito, por isso foi feita a entrada compulsória e o tratamento desses focos”.

De acordo com o subsecretário, os donos poderão ser multas. O valor varia de R$ 300 a R$ 3 mil. Desde 2011, a legislação autoriza a entrada de profissionais de saúde em locais fechados que ofereçam riscos à saúde dos moradores ou vizinhança.

Mais de 6 mil pessoas foram notificadas e 243 entradas compulsórias foram feitas no município. Para fazer uma denúncia ou solicitar a visita de agentes de saúde, o cidadão pode ligar para a central de atendimento da prefeitura pelo telefone 1746. Em 2012, mais de 3 mil agentes vistoriaram cerca de 7,6 milhões de residências no município.

O Índice de Infestação por Aedes aegypti (LirAa), do Ministério da Saúde, aponta que, pelo menos, 77 municípios brasileiros estão em situação de risco para a dengue, mas o número pode ser maior, já que o levantamento é feito a cada quatro meses e a maioria das cidades brasileiras não participa a pesquisa, que traça um panorama para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito da dengue.

Nas primeiras duas semanas de janeiro, o ministério registou três casos graves confirmados da doença e duas mortes em todo o país. No ano passado, no mesmo período, foram 119 casos confirmados e oito mortes. O ministério atribui a queda a organização da rede pública e a capacitação dos profissionais de saúde.

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A situação no Espírito Santo também preocupa. Em Vitória, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a maioria dos focos do mosquito transmissor da doença está dentro das casas dos moradores. Esta semana começaram as ações de vistoria desses imóveis por agentes de saúde. Os moradores recebem ajuda para eliminar recipientes descartáveis que possam servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.

Os agentes também trabalham na cobertura com tela de caixas d’água e ralos e no tratamento com larvicida de vasos de plantas, calhas, tanques e lajes. Na comparação da primeira para a segunda semana de janeiro, o número de registros suspeitos quase dobrou. Nesse período, em todo estado, foram 1.614 casos suspeitos e 35 notificações da forma grave (dengue com complicação ou hemorrágica).

Na cidade do Rio de Janeiro, agentes de saúde entraram em três imóveis fechados na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, em busca de focos do mosquito. Foi a primeira vistoria compulsória do ano.

Segundo a prefeitura, vizinhos denunciaram a existência de focos nas casas. Os donos dos imóveis já haviam sido notificados três vezes, mas não responderam ao órgão.


O subsecretário de Atenção Primária, Vigilância e Promoção de Saúde, Daniel Soranz, disse que os locais tinham grandes focos em piscina e em uma cisterna. “A caixa d’água estava toda aberta com acúmulo intenso de água e muitos focos do mosquito, por isso foi feita a entrada compulsória e o tratamento desses focos”.

De acordo com o subsecretário, os donos poderão ser multas. O valor varia de R$ 300 a R$ 3 mil. Desde 2011, a legislação autoriza a entrada de profissionais de saúde em locais fechados que ofereçam riscos à saúde dos moradores ou vizinhança.

Mais de 6 mil pessoas foram notificadas e 243 entradas compulsórias foram feitas no município. Para fazer uma denúncia ou solicitar a visita de agentes de saúde, o cidadão pode ligar para a central de atendimento da prefeitura pelo telefone 1746. Em 2012, mais de 3 mil agentes vistoriaram cerca de 7,6 milhões de residências no município.

O Índice de Infestação por Aedes aegypti (LirAa), do Ministério da Saúde, aponta que, pelo menos, 77 municípios brasileiros estão em situação de risco para a dengue, mas o número pode ser maior, já que o levantamento é feito a cada quatro meses e a maioria das cidades brasileiras não participa a pesquisa, que traça um panorama para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito da dengue.

Nas primeiras duas semanas de janeiro, o ministério registou três casos graves confirmados da doença e duas mortes em todo o país. No ano passado, no mesmo período, foram 119 casos confirmados e oito mortes. O ministério atribui a queda a organização da rede pública e a capacitação dos profissionais de saúde.

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