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Campinas pode adotar racionamento de água

Vazão do Rio Atibaia, que abastece 95% da população, caiu para 6,6 metros cúbicos por segundo no final de semana e voltou ao nível crítico


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira: Rio Atibaia recebe as águas excedentes do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira: Rio Atibaia recebe as águas excedentes do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 20h19.

Sorocaba - Terceira maior cidade do Estado de São Paulo, Campinas pode passar a racionar a água distribuída a seus habitantes ainda esta semana.

A vazão do Rio Atibaia, que abastece 95% da população, de 1,09 milhão de pessoas, caiu para 6,6 metros cúbicos por segundo no final de semana e voltou ao nível crítico, segundo a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa).

Nesta segunda-feira, 5, com a redução no consumo, houve uma ligeira recuperação para 8,5 metros cúbicos por segundo, mas a expectativa é de que a estiagem se prolongue.

A empresa não confirmou a data de início do racionamento. Em seu site na internet, a Sanasa voltou a pedir economia à população e que denuncie o desperdício de água. Na cidade, desde fevereiro está proibido usar água para lavar calçadas, residências, comércio ou veículos, sob pena de multa.

As medidas resultaram numa redução de 10% no consumo. A empresa havia divulgado que a água passaria a ser racionada quando a vazão do Atibaia baixasse para 4,0 metros cúbicos por segundo, mas a prefeitura não pretende esperar esse limite, já que a falta de chuvas deve se estender até o final de setembro.

O nível do rio, que havia se recuperado parcialmente com as chuvas do início de março, vem baixando de forma progressiva em razão do tempo seco. Há dez dias, a vazão estava em 8,9 metros cúbicos por segundo. A queda no final de semana foi atribuída ao aumento no consumo, já que um número maior de pessoas permanece em casa. Caso a restrição no abastecimento seja adotada, será na forma de rodízio, com a cidade dividida em quatro regiões.

O Rio Atibaia recebe as águas excedentes do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo. O Cantareira atingiu nesta segunda-feira o nível histórico mais baixo, com apenas 10% da capacidade. A falta de água nos reservatórios afeta toda a bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Junto com o Rio Jaguari, o Atibaia forma o Rio Piracicaba, que também tem o nível muito baixo.

Quatro cidades da região de Campinas - Valinhos, Vinhedo, Cosmópolis e São Pedro - adotaram oficialmente o rodízio. O município de Itu, entre Campinas e Sorocaba, também raciona água desde janeiro. Outras cidades da mesma região, como Mombuca, Monte Mor e Paulínia, mesmo sem racionamento oficial, adotaram medidas para reduzir o consumo.

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